quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Mons. Sabino Feijão-Homem Extraordinário

Mons. Sabino Foto: Divulgação

“Toda sua vida sacerdotal foi dedicada à sua primeira e única paróquia, onde trabalhou com invejável zelo e incansável atividade pastoral”. O comentário elogioso é do padre Aureliano Diamantino da Silveira, filho de Bela-Cruz e autor do livro de biografias, “Ungidos do Senhor”, publicado, há dez anos, em 2004, sobre os padres que nasceram, ou residiram, ou pastorearam paróquias no Ceará, num período de mais de trezentos anos, de 1700 a 2004.

A referência citada é a respeito do padre Sabino de Lima Feijão. Sua única paróquia foi Acaraú. Faleceu ele em 26 de julho de 1965, quando estava no interior de um cine, no Rio de Janeiro, aonde tinha ido a tratamento de saúde. Na época, eu estava sendo, desde fevereiro daquele ano, seu Vigário Cooperador. Como tal, em 28 de julho, coordenei as cerimônias de suas exéquias, presididas por dom Walfrido Teixeira Vieira, bispo diocesano, com sepultamento do corpo feito no piso do altar-mor da bela Matriz de Nossa Senhora da Conceição, de Acaraú, a qual havia sido reconstruída por ele, em definitiva reforma, iniciada em 1942 e concluída em 1947.

Monsenhor Sabino – assim nos referíamos a ele que tinha este título desde junho de 1958, por concessão do papa Pio XII. Nascido em 1906, faleceu com apenas 59 anos. Originário dos Feijões de Groaíras, tinha cabelos brancos, estatura alta e forte, no aspecto físico. Desde jovem, eu o conhecia nas suas andanças por minha terra, Morrinhos e, no último ano da vida dele, residindo em sua casa, em Acaraú.

Hoje, do alto dos meus 75 anos, ao lembrar a data do seu falecimento, fico surpreso pelo poucos anos vividos por ele. Eu o tinha como um homem já bem maduro e bem idoso; um “velho”, assim a gente falava, na época.

Pe: Valderi da Rocha

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