sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A Fantástica Literatura do Ceará-Aila Sampaio

Organizar uma coletânea não é tarefa das mais fáceis, sobretudo quando não se pretende inserir textos aleatoriamente, sem critérios de catalogação, ou aferir valores num processo seletivo. Nesta empreitada, que visa tão somente reunir narrativas fantásticas escritas no Ceará, Pedro Salgueiro contou com mais dois nomes da nossa literatura para a efetivação da pesquisa histórica: Sânzio de Azevedo e Alves de Aquino (O Poeta de Meia-Tigela), o que resultou nesta obra, “O Cravo Roxo do Diabo”: o conto fantástico no Ceará, título tomado de empréstimo de um conto de Álvaro Martins. A ideia inicial era traçar apenas um panorama do conto, mas a pesquisa avultou-se e ficou decidido que, além dos 172 contos selecionados, seriam introduzidos dois apêndices, um com 17 capítulos de romances e outro com 60 poemas, compondo, assim, um panorama amplo do texto fantástico cearense produzido entre os séculos XIX e XXI.

Por Aila Sampaio

Confira íntegra do artigo: Cronópios

II Festival ManiFesta abre inscrições para artistas divulgarem seus trabalhos

Este ano, o festival presta uma homenagem aos 70 anos de Zé Tarcísio



Estão abertas as inscrições para artistas apresentarem seus trabalhos durante o II ManiFesta - Festival das Artes. O evento acontece no dia 19 de novembro, no Centro Cultural Dragão do Mar, Sesc Iracema e nos arredores.

Este ano, o festival presta uma homenagem aos 70 anos de Zé Tarcísio, grande nome das artes plásticas cearense. A programação inclui ainda apresentações artísticas, oficinas, mini-cursos, mesas redondas e debates entre os dias 12 e 19 de novembro.


O ManiFesta é um evento inspirado na Massafeira Livre, que sacudiu o Teatro José de Alencar, em 1979. A segunda edição da maratona cultural começa às 14h, do dia 19 de novembro, e só termina no dia seguinte. Os trabalhos farão parte do DVD ManiFesta! Ceará.


Inscrições

Os artistas podem inscrever obras relacionadas à música, dança, teatro, perfomance circense, artes plásticas, cinema, fotografia, literatura, culinária, poesia ou artesanato. Os interessados devem acessar o site manifestafestival.art.br e preencher um formulário.

Fonte: O Povo

Trajetória da imprensa cearense em livro

Ângela Barros Leal conta a história da Associação Cearense de Imprensa em ACI - 85 Anos na Pauta do Ceará

Na foto, vista aérea do prédio da ACI (MAURI MELO)

“Uma coisa me sempre chama atenção na História das entidades quase centenárias do Ceará. Quem era da Associação Cearense de Letras, era do Instituto do Ceará e da Associação Cearense de Imprensa (ACI). Os associados eram os literatos, jornalistas e intelectuais mais qualificados do Ceará”. Na fala da atual presidente da ACI Ivonete Maia, fica a dimensão história da associação que tem sua trajetória remontada no livro ACI – 85 anos na pauta do Ceará, de Ângela Barros Leal.

A escritora retoma pontos e cava novos desafios diante de trabalhos de jornalistas e pesquisadores como Adísia Sá, Stênio Azevedo e Geraldo Nobre. É deste último, aliás, que Ângela empresta o fôlego inicial do livro histórico, ao retomar do ponto em que o predecessor havia parado: o jubileu de ouro da ACI, em 1975. “Eu peguei de onde o professor Geraldo Nobre deixou. Depois faço um flashback rápido da fundação e passo para de que forma a ACI se faz e se fez presente no Ceará em Fortaleza. Eu não tinha porque pisar na mesma trilha deles e me manter na reconstrução histórica”, diferencia Ângela Barros Leal, por telefone.

A pesquisa da autora se centrou nas atas de reuniões, arquivos de jornal e entrevistas com personagens que fizeram, viveram ou assistiram o desenrolar da história da ACI. A apresentação é do escritor e jornalista Ítalo Gurgel, com posfácio de Ivonete Maia – que, de acordo com Ângela Barros, não apenas é idealizadora do projeto, como a responsável pelo lançamento do livro de Geraldo Nobre, em 1975. “Você podia não ser nascido, nem sua mãe ou seu pai (na época de fundação da ACI) – mas interessa porque é História. História da cidade, História do Centro, História política”, vende Ivonete Maia.

Uma das relações mais imbricadas da Associação é com o Centro de Fortaleza. Foram duas sedes e, mesmo antes da construção da atual – um imponente prédio na rua Floriano Peixoto, no coração da capital –, as ações já eram comandadas do próprio Centro. Com pedra fundamental colocada em 1952 e inauguração oficial apenas sete anos depois – 1959, portanto –, o edifício-sede é até hoje o grande orgulho da Associação Cearense de Imprensa e um marco não apenas para a história de jornalistas, como para o estabelecimento de um caráter cosmopolita para a sociedade, de acordo com Ângela Barros. “Todos os segmentos ocupavam aquele espaço sem nenhum custo, fortalecendo a ACI como congregadora de conhecimentos”, explica a autora, apontando o ex-presidente da ACI Perboyre e Silva como responsável por lutar pela construção do prédio.

Curso de esperanto, alemão, datilografia, psicologia. Se não havia um lugar no Centro para agregar esses conhecimentos, quem abrigava as disciplinas era o prédio da ACI, segundo Ângela Barros Leal. Até mesmo quando o estatuto não permitia – como em caso de visitas de políticos ou líderes religiosos –, os associados abriam exceções para que a cidade não ficasse de fora dos acontecimentos nacionais. Foi assim que, de acordo com a escritora, houve o pronunciamento do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva – à época candidato – sem protestos de esquerdistas, direitistas ou centristas que compunham o quadro diretorial e de associados.

Além da luta pela valorização do Centro – que desemboca no esforço atual pela revitalização do bairro –, o livro traz casos curiosos como a relação com os gazeteiros e a eleição da Rainha do Milho. No processo de confecção da obra, a autora, inclusive, conversou com a segunda Rainha do Milho, Margarida Holanda – eleita em 1937.

O livro, que faz parte das edições da Universidade Federal do Ceará, foi patrocinado pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Serviço Social do Comercio (SESC) e Assembleia Legislativa do Ceará.

SERVIÇO

LANÇAMENTO DE ACI – 85 anos na pauta do Ceará, de Ângela Barros Leal.
Preço do livro: R$ 20.
Outras informações: (85) 3226 6260 ou 3226 6787

André Bloc
andrebloc@opovo.com.br

Fonte: O Povo

O exército da narrativa

Clássico do cordel, "A Batalha de Oliveiros com Ferrabrás", de Leandro Gomes de Barros, ganha versão em quadrinhos por dupla cearense. Klévisson Viana e Eduardo Azevedo lançam o livro hoje, na II Feira do Livro Infantil de Fortaleza

Ilustrações de Eduardo Azevedo para o poema de Leandro Gomes de Barros, A Batalha de Oliveiros com Ferrabrás

Há mais de um século, quando o poeta paraibano Leandro Gomes de Barros (1856 - 1918) escreveu "A Batalha de Oliveiros com Ferrabrás", a história do embate entre o guerreiro cristão e o mouro já era antiga. O conto integra o conjunto de narrativas em torno da figura do rei francês Carlos Magno. O relato das aventuras (mais literárias que históricas) do destemido rei e de seus fieis cavalheiros chegou ao Brasil com os colonizadores europeus e se disseminou no interior no País. No Nordeste, encontrou solo fértil e ganhou tons próprios, a se moldar à voz e à imaginação de quem a narrava.

A nova aventura desta história, que desafia o tempo e conquista suportes de leitura, é uma versão em quadrinhos. O projeto é assinado por Klévisson Viana, poeta cordelista, ilustrador e quadrinhista, e Eduardo Azevedo, ilustrador que estreia como quadrinhista neste álbum. O trabalho da dupla foi um dos ganhadores da categoria Luiz Sá (HQ), do Prêmio Literário para Autores Cearenses 2010, da Secretária da Cultura do Estado (Secult). O álbum será lançado, amanhã, às 17h30, na Praça do Ferreira, integrando a programação da II Feira do Livro Infantil de Fortaleza, que acontece até sábado, no local.

O poeta paraibano baseou-se numa versão escrita do conto, encontrada em "História de Carlos Magno e os Doze Pares de França" (1863), do padre e médico militar português Jerônimo Moreira de Carvalho. Narrada em versos heptassílabos por Gomes de Barros, entremeou-se ainda mais no repertório da tradição popular. O original ganhou sucessivas edições, impossível de precisar quantas, e recontado por outros autores da literatura de folhetos.

Na adaptação para a linguagem das HQs, a proposta foi manter-se fiel ao clássico. Klévisson selecionou os versos e os converteu em balões e caixas de texto para acompanhar os belos desenhos de Azevedo.

QUADRINHOS" A Batalha de Oliveiros com Ferrabrás"
Leandro Gomes de Barros, Klévisson Viana e Eduardo Azevedo
R$30
48 páginas
2011
Tupynanquim
Lançamento às 17h30, na Praça do Ferreira, na II Feira do Livro Infantil de Fortaleza.
Programação gratuita.
Contato: (85) 3464 3108

DELLANO RIOS 
EDITOR

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Trenzinhos da Leitura são implantados em escolas municipais de Acaraú


No mês de agosto, a Prefeitura de Acaraú, por meio da Secretaria de Educação, entregou 51 trenzinhos da leitura, cada um com 345 livros paradidáticos. O projeto busca estimular a leitura por parte dos alunos do Ensino Infantil até o 5º ano da Rede Municipal de Ensino.

Em 2 de setembro, aconteceu a capacitação a diretores e coordenadores pedagógicos para implementação do projeto nas escolas. O projeto foi idealizado pelo Secretário de Educação, Arcelino Batalha. A SJ Projetos vendeu os livros ao Município e tem dado assessoria pedagógica aos professores, que por meio de atividades lúdicas, procuram estimular o gosto pela leitura por parte dos alunos dessas modalidades de ensino. Apesar do projeto estar ainda em fase inicial, o Secretário Arcelino Batalha acredita que “a repercussão será muito positiva, estimulando ainda mais o gosto pela leitura por parte dos nossos alunos”.

Feira convida a criançada para ler

Convidando as crianças a entrarem no maravilhoso universo da leitura, começa hoje a II Feira do Livro Infantil de Fortaleza

Com programação extremamente diversificada, Feira do Livro Infantil quer aproximar as crianças do universo da leitura (EDIMAR SOARES)

Em tempos de tablets, considerados por muitos como os grandes vilões do livro tradicional, o bom e velho hábito de escolher uma boa obra impressa em papel parece se robustecer a cada dia. Tal qual a mitológica ave fênix, o livro renasce e parece constantemente provar que ainda tem muito que fazer por nós. Folhear cada página, tatear, percorrer a vista linha a linha, sentir o cheiro. É. Talvez, ler seja muito mais do que absorver conteúdo. Reforçando a importância do livro para a formação das novas gerações e descortinando um universo de possibilidades para a criançada, começa hoje (14) e segue até sábado (17) a II Feira do Livro Infantil de Fortaleza, na Praça do Ferreira.

Promovido pela editora Casa da Prosa, a ideia da feira é montar uma grade livraria ao ar livre e fazer com que todos entrem no mundo maravilhoso da leitura, através de uma vasta programação contendo palestras, lançamentos de livros, oficinas, workshops e contação de histórias, além de shows musicais. Entre os destaques nacionais, nomes como o dramaturgo e escritor Walcyr Carrasco – um dos principais autores de novelas do País -, o contador de histórias israelense radicado no Brasil, Ilan Brenman, a escritora mineira Rosana Mont’alverne e a também escritora gaúcha Marô Barbieri. Entre as atrações musicais, destaque para o cantor e escritor gaúcho Vitor Ramil, que faz hoje à noite o show de abertura. Já o encerramento, no sábado, fica por conta da Cia. Carroça de Mamulengos, de Juazeiro do Norte.

As Edições Demócrito Rocha, com vários títulos destinados ao público infantil, estará presente na feira com um estande que promete despertar a curiosidade dos pequenos pelas letras. De acordo com o coordenador geral do evento, Almir Mota, o objetivo maior da feira é proporcionar acesso à leitura para crianças que, muitas vezes, não encontram nem na própria escola um ambiente propício de convívio com os livros: “Essas crianças às vezes nem têm livros. Então a gente destina o evento para todos, mas em especial para os mais carentes, porque a feira tem que ser, antes de tudo, inclusiva”. Para que as crianças realmente saiam da feira com o livro na mão, cada expositor de livros recebeu uma cota que será repassada em forma de livros às crianças das escolas visitantes, que disporão de vales-livros para os alunos. Em uma parceria com a Coelce, serão disponibilizados vários ônibus para trazer e levar os alunos de 80 escolas visitantes.

Apesar de trazer nomes reconhecidos nacionalmente, Almir Mota explica que o intuito é privilegiar os escritores e editoras cearenses. “Temos que dar oportunidades para os escritores daqui, dar esse espaço que eles normalmente não têm”, diz o coordenador. Segundo ele, a ideia é que a feira se consolide e aconteça todos os anos. Além disso, ele diz que vai propor ao Governo do Estado a criação de um circuito cearense de feiras de livros, dando oportunidades de municípios do interior realizarem seus próprios eventos literários.

Um dos escritores participantes é Klévisson Viana, um dos cearenses que mais publica a nível nacional atualmente. Para ele o ponto forte da feira é justamente seu caráter mais aberto e popular. “A feira não é só para vender livro, mas também para divulgar, fazer as pessoas se interessarem pela leitura”. Na tarde de quinta-feira, Klévisson lançará a segunda edição do premiado Dom Quixote Em Versos de Cordel e também a Batalha de Oliveiros com Ferrabrás – Cordel em Quadrinhos, uma adaptação que ele e Eduardo Azevedo fizeram do centenário texto de Leandro Gomes de Barros.

SERVIÇO

II FEIRA DO LIVRO INFANTIL DE FORTALEZA
Quando: de hoje (14) a sábado (17), sempre a partir das 8h
Onde: Praça do Ferreira (Centro)
Programação gratuita
Outras info.: 3252 3343

NÚMEROS

34
editoras no total

13
editoras cearenses

36
estandes de exposição

16
lançamentos de livros

R$ 182 mil
em estrutura básica (fora atrações e visitas de escolas)

5 mil
livros em exposição

10 a 15 mil
pessoas esperadas por dia, com cerca de 80 escolas visitantes já agendadas

Dicas
Confira aqui dicas para aproveitar melhor a programação da Feira do Livro Infantil na Praça do Ferreira

Confira Programação completa aqui

Fonte: O Povo

Literatura fantástica é tema de debate no BNB


O programa "Troca de Ideias" recebe, amanhã, às 18h30, no Centro Cultural Banco do Nordeste (rua Floriano Peixoto, 941, Centro - (85) 3464.3108), um debate sobre a literatura fantástica cearense, feita entre os séculos XIX e XXI.

Na ocasião será apresentada a coletânea intitulada "O cravo roxo do diabo: o conto fantástico no Ceará", composta por 172 contos, 60 poemas e 17 capítulos de romance, em 674 páginas. O material compõe um panorama do texto fantástico cearense produzido entre os séculos XIX e XXI. Organizada pelo escritor Pedro Salgueiro, a obra desafia a coragem dos leitores com narrativa de horror, lendas sertanejas e causos e mistério.

Levantamento
A pesquisa para a antologia durou três anos e resultou num rico acervo do gênero, revelando a prodigiosa criação dos escritores cearenses, desde o século XIX, quando vieram a público as primeiras publicações de textos literários no Ceará.

O título foi tomado de empréstimo de um conto de Álvaro Martins, infelizmente não localizado. A capa criada pelo escritor, designer e quadrinista Raymundo Netto confere ao material o aspecto de obra definitiva. Esta edição do programa "Troca de Ideias" terá como debatedores convidados Pedro Salgueiro e Raymundo Netto, com mediação de Carlos Vazconcelos.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Musa do Ceará-Com a bola toda

De vovozete à Musa do Ceará, Taiana Vasconcelos mostra por que está entre as finalistas do Musa do Brasileirão, quadro do programa "Caldeirão do Huck". Se depender da torcida, não tem para mais ninguém nessa disputa

Com apenas 21 anos, a modelo Taiana Vasconcelos representa o Ceará no Musa do Brasilerão

O rostinho ainda é de menina, mas o corpo é de um mulherão. Com apenas 21 anos, a estudante e modelo Taiana Shirley Costa Vasconcelos está podendo. Foi eleita a Musa do Ceará e deve embarcar em breve para o Rio de Janeiro para disputar o título de Musa do Brasileirão, concurso promovido pelo "Caldeirão do Huck", da Globo.

Foram 17 meninas inscritas para serem representantes do Ceará Sporting Club. Taiana revela que nunca pensou em entrar na competição, mas que o namorado e os amigos tiveram papel decisivo. "Comecei também a torcer pelo Ceará por influência deles, que me levavam para o estádio. Gostei tanto que me tornei vozozete", afirmou.

Depois da inscrição, a primeira etapa do concurso ficou por conta dos internautas que tiveram de "curtir" as suas preferidas na página do Facebook. As oito escolhidas fizeram um teste de vídeo de biquíni e sem maquiagem. Não precisa dizer que não teve para mais ninguém nessa disputa, e agora, além de estar na expectativa pela próxima etapa do concurso, a morena de longas madeixas curte também o assédio dos fãs, principalmente os do Conjunto Ceará, bairro onde mora. "Estou sendo bastante assediada. Quando vou a festas, todo mundo me reconhece. É bem legal", relatou a modelo.


Beleza natural
Com 1,57, 47kg e nenhuma gordurinha a mais, Taiana Vasconcelos exibe curvas de dar inveja, mas confessa (para enlouquecer a mulherada) que nunca malhou. "Só comecei a fazer academia há cinco meses. Hoje, malho todo dia durante duas horas. Faço uma alimentação balanceada com acompanhamento de uma nutricionista. Está sendo uma luta manter o corpo de musa", contou Taiana, que teve de abandonar os doces para ficar em forma. Nem precisava, né?

Pode não parecer, mas esse foi o primeiro concurso do qual Taiana participou. Apesar de confiante, ela revelou que não esperava ser a vencedora do Musa do Ceará. "Foi uma surpresa. Fiquei sabendo na sexta retrasada, mas não podia contar pra ninguém. Viajei logo no sábado para participar do ´Esporte Espetacular´ ", disse a modelo, que volta hoje ao Rio de Janeiro para uma sessão de fotos.

Ainda estudando para fazer faculdade de enfermagem, Taiana concilia o cursinho pré-vestibular com a carreia de modelo. Agora com os preparativos para a fase nacional da disputa, diz que não tem pretensões de seguir carreira de atriz ou apresentadora.

"Ainda não tenho ideia de como vai ser a seleção daqui pra frente, mas estou confiante. Agradeço aos torcedores. Foram eles que me elegeram", finalizou.

ANAMÉLIA SAMPAIO 
ESPECIAL PARA O ZOEIRA

Riquezas do sertão

A exposição "Caras do Sertão" traz a Fortaleza esculturas de artesãos do Centro de Cultura Popular Mestre Noza. Ao todo são 20 obras de 11 artistas caririenses

O artesão Hércules aprendeu o ofício da escultura em madeira, aos 12 anos de idade, com dois tios. Na sequência de imagens, trabalhos feitos por ele e pelo escultor popular Diomar

O Ceará é conhecido Brasil afora, não só pela beleza de suas praias e a hospitalidade de seu povo, mas também pela riqueza de seu artesanato. O Estado é celeiro de grandes artesãos. Homens e mulheres que com suas mãos habilidosas criam obras de valor estético cujo resultado perpassa toda uma tradição familiar.

Um recorte dessa produção poderá ser visto pelo público através da exposição "Caras do Sertão", com abertura prevista para hoje, na sede da empresa SJ Administração de Imóveis. A mostra, que segue em cartaz até o dia 30 de setembro, reúne esculturas de artesãos do Centro de Cultura Popular Mestre Noza, em Juazeiro do Norte. O local é uma das principais referências do artesanato nordestino.

Ao todo estarão expostas 20 obras, de 11 artistas, feitas de madeira e estampadas com cores vibrantes.

Artistas
Desde os 12 anos de idade, sob a influência de dois tios escultores, Paulo Sérgio e Severino, Hércules vem se dedicando a arte da escultura. Ele tem como especialidade figuras do reisado, em forma de troncos e personagens soltos. O escultor terá algumas de suas peças expostas na mostra "Caras do Sertão". "São pequenas esculturas que ilustram um pouco do imaginário popular: a banda cabaçal, a quadrilha, os reisados e a festa do Pau da Bandeira", explica.

Outro destaque é o trabalho de Diomar. O artesão apresenta quatro esculturas, sendo três de imagens femininas e uma de lagarto. "Quem me incentivou a fazer esculturas foi o Mestre Nino, mas os meus pais também trabalhavam nessa linha. Eles transformavam latas em bacias. Hoje procuro ensinar minha arte para meus filhos, minha esposa e meus vizinhos. A gente não pode deixar é a cultura popular desaparecer", finaliza.

Além de Hércules e Diomar, a exposição conta com obras de José Cordeiro (1976-2011), Everaldo (Tatinha), Josimara (Mara), Edinaldo Graciano, José Celestino, Francisco Cardoso, Hamurábi Batista, Racar (Raimundo Caetano) e Dona Raimunda. A iniciativa tem o propósito de homenagear o centenário da cidade de Juazeiro do Norte.

Fique por dentro
Mestre Noza
Inocêncio da Costa Nick, o famoso Mestre Noza, nasceu em Pernambuco em 1897, mas estabeleceu-se em Juazeiro do Norte depois de uma romaria de 600 quilômetros seguindo Padre Cícero. Ele se tornou conhecido como escultor, artesão, xilógrafo, santeiro e imaginário. Em 1965, teve seu álbum de gravuras "Via Sacra" publicado em Paris. Desde então, seu trabalho é considerado uma expressão legítima da arte brasileira. Faleceu em São Paulo em 1983. O Centro de Cultura Popular de Juazeiro do Norte, que leva o nome de Mestre Noza, hoje reúne mais de 200 artesãos caririenses, reconhecidos nacional e internacionalmente por suas peças com formas e traços característicos, alusivos à cultura da região.

MAIS INFORMAÇÕES
Exposição "Caras do Sertão", visitas de hoje até 30 de setembro, das 8 horas às 19 horas. Gratuita. Na SJ Administração de Imóveis (Avenida Santos Dumont, 1388, Aldeota). Contato: (85) 3255-8888.

domingo, 11 de setembro de 2011

Ciência e sagrado: aliados para a medicina popular

Pajé Luís Caboclo diz que além de ter dia certo para preparar o lambedor, o cuidado com a extração das ervas é essencial

Tanto do mar quando do sertão, os povos continuam a prática de aliar os benefícios das ervas medicinais à fé para cura de enfermidade

Caucaia. "Pai-Tupã nos dai força/ Para nós aqui lutar/ Fazer esse lambedor/ E o doente vir curar". Lambedor é que nem feijão com arroz. Um bom preparo faz toda a diferença. Cacique Pequena, índia jenipapo-kanindé, de Aquiraz, diz que é preciso pensar coisas boas. Ou seja, não basta colocar na panela, tem que saber porque está colocando. Os índios da praia e os sertanejos do semiárido aliam o conhecimento fármaco das ervas medicinais e a posição dos astros ao poder da oração na cura dos enfermos. Fazem remédios de tudo o que a natureza pode oferecer. E "oferecer" aqui inclui no sentido da própria vontade da natureza. "O homem tem que pensar junto com ela, nunca separado", diz pajé Luís Caboclo, índio Tremembé. Com pensamento na cura, ciência e sagrado se aliam com um mesmo objetivo: saúde.

A diferença entre a água comum e a "água benta" é o quanto de intenção que se deposita ali. A antropologia explica com a cultura. A ciência metafísica chama de poder da mente, as culturas dos povos chamam de fé. É o que defendem as rezadeiras, benzedeiras e os guias espirituais indígenas. "Tem gente de Fortaleza que vem para a Encantada só fazer a ´meizinha´. O menino do doutor ´tava´ muito gripado, fiz um litro de mel lambedor", diz cacique Pequena. Um lambedor poderoso precisa ter raiz de vassourinha (nome científico Scoparia dulcis), campim-santo (Cymbopogon citratus Stapf), alho (Allium sativum) e outros produtos da natureza também conhecidos como mastruz, cidreira, eucalipto etc.

Cacique Pequena passa para seu povo as receitas de lambedores que vem passando entre gerações. A oficina aconteceu durante o I Encontro Sesc de Povos do Mar, em agosto
FOTO: MELQUÍADES JÚNIOR

Existe mistura para o combate a vários tipos de doença. "Mas se você não botar fé, aquilo ali num vai valer de nada", esclarece. Segundo a índia, o remédio é um conjunto de forças. "A energia já vem na planta. E eu vou fazendo o mel e pensando nas orações ao pai-tupã. E depende das energias também de quem está ao redor, pessoas que pensem o contrário das coisas boas, podem atrapalhar, a gente tem que ser mais forte". Fora da linguagem indígena, pai-tupã pode ser resumido a "Deus", na cultura dos povos o maior criador de todas as coisas. A dona de casa Maria da Penha, da comunidade de Pacheco, em Caucaia, dividiu a preparação de um lambedor com a cacique Pequena. As duas mulheres participavam do Encontro dos Povos do Mar promovido pelo Sesc na Praia de Iparana, em Caucaia. "A gente não faz orações, só fica com o pensamento bom quando ´tá´ fazendo", diz Maria da Penha.

E se o ser humano é apenas um ponto minúsculo em um gigante universo, os populares que fazem preparos com as ervas medicinais (e especialmente os índios) apontam a interferência dos astros, dos planetas e da lua na concepção do remédio. O cacique João Venâncio, da etnia Tremembé, em Almofala, Município de Itarema, diz que não tem uma receita de plantas medicinais que, ao ser preparada, deixe de levar em conta a "linguagem do céu". Os Incas, povo que vivia entre Peru e Chile antes da invasão dos espanhóis, só faziam o plantio com a orientação dos astros. Bem antes deles, estiveram os egípcios e os hebreus (há mais de quatro mil anos). A diferença entre essas práticas que fundem ciência e sagrado é que hoje estão muitas vezes relegadas ao plano das expressões culturais das comunidades.

Projeto
Mas na Universidade Federal do Ceará (UFC) é desenvolvido o projeto "Astronomia agrícola aplicada à agricultura orgânica", já tema de reportagem no Caderno Regional no ano de 2008. O projeto foi criado sob a coordenação do professor doutor em Bioquímica Vegetal, João Batista Freitas.

De acordo com o estudioso, o plantio em diferentes fases da lua pode provocar alterações nas plantas, desde a quantidade de folhas, frutos, altura do vegetal e sua maior fixação ou não no solo. Dessa forma que, segundo o professor, a aproximação da lua pode gerar efeitos negativos na agricultura, assim como o plantio, quando a lua estiver longe, pode causar uma melhor fixação no solo. Esse acompanhamento ajudaria no controle de pragas. A astronomia agrícola estuda o comportamento dos astros e sua relação no desenvolvimento das plantas. Os povos indígenas e sertanejos não se apropriam do termo, mas usam o conhecimento. (MJ)

MAIS INFORMAÇÕES
Astronomia Agrícola aplicada à Agricultura Orgânica
Universidade Federal do Ceará
(85) 3366.9613 / 3366.9713

ERVAS MEDICINAIS

Ancestralidade fortalecida

Enquanto preparam lambedores, garrafadas e méis, índios Tremembé repassam cultura ancestral

Almofala. Para cada doença, uma ou mais ervas. Para todo e qualquer mal, uma natureza inteira oferecendo uma ou várias soluções. É com esse pensamento que os índios Tremembé, do distrito de Itarema, em Almofala (zona norte do Ceará) indicam os mais diversos remédios para os doentes que pedem uma "sugestão". A sabedoria popular é repassada aos mais novos, e ganha legitimidade (e continuação) a cada "remédio" tomado e doença "expurgada". A medicina popular tenta não entrar em conflito com a medicina convencional. Os índios repercutem para as pessoas que os procuram como eles próprios fazem para acabar o mal no corpo.

"No nosso organismo temos um ´vermezin´ que briga contra a doença. A doença tem uns ´microbiozin´ que entram e brigam com a gente. Todos temos um câncer, só muda que em algumas pessoas ele uma hora fica mais forte que os nossos ´vermezin´, aí acaba instalando a doença", explica o pajé Luís Caboclo, guia espiritual dos índios Tremembé.

Ele defende a boa convivência com a natureza como uma forma de o homem conseguir dela o que deseja. O pajé tem 60 anos e se gaba de ser saudável. "Eu não me troco por um cabra novinho, não. A mulher até hoje ainda tem ciúmes", brinca, sobre sua "juventude".

Cultura oral
Mas a transmissão do conhecimento pela oralidade é repercutida não só nas gerações de pajés. De tanto resolverem por si só muitas doenças que os assolam, os Tremembé já sabem o que fazer quando bate uma tosse com secreção no peito. Correm para o verde, catam as folhas "certas" e preparam chás e méis. O cacique João Venâncio deu a este repórter uma receita para gripe, "daquelas que tosse mas o catarro não sai": bater três ovos de galinha caipira com casca e tudo em um vaso com 15 limões cortados e espremidos. Em seguida colocar um pouco de mel de abelha e deixar em banho-maria por três dias "no sereno". "Fica tomando uma colher de manhã, outra meio dia e mais uma à noite", explica. Se a gripe for de muito tempo, recomenda repetir a receita oito vezes, e não deixar de tomar um só dia, para não "quebrar" o efeito.

Receitas diferentes
O cacique diz que são várias as receitas, para cada pessoa, idade e nível de doença. "Tem que ver o momento certo de preparar, não é qualquer dia. Se a maré estiver rasante não pode", conta.

O cuidado se repete com a forma de extrair folha das plantas. "Tem que ter cuidado para não estressar a planta. Tem muita coisa que a gente pode conseguir na natureza sem precisar pagar", afirma o cacique, referindo-se aos remédios na farmácia que, segundo ele, fazem a dor passar, "mas não tira a dor de dentro do corpo da gente, ela ainda está ali".

O pajé Luís Caboclo, que é, por lei Estadual, Mestre da Cultura Popular Tradicional do Ceará, ressalta que a natureza tudo oferece, e cabe ao homem oferecer amor.

"Quando nós não ´fala´, as pedras falam", retruca ele que quando prepara os remédios diz ter contato espiritual com os "encantados". (MJ)

MELQUÍADES JÚNIOR 
REPÓRTER

Obra resgata história afetiva de Independência

Flávio Paiva é autor de obras diversificadas, com destaque para obras infantis e ainda o livro de memórias
MAURÍCIO ALBANO

Flávio Paiva lança livro de memórias e a renda será revertida para a compra de um terreno para a ONG História Viva

Independência. O jornalista e escritor Flávio Paiva, natural deste Município, lançou  na sua cidade natal sua mais recente obra: "Toizinho e Socorro, uma intensa e fervorosa flor". No livro de memória, o autor trata da infância, adolescência e do amor que uniu seu Toizinho e Dona Socorro (pai e mãe do escritor). O lançamento, foi seguido de autógrafos.

A obra do escritor Flávio Paiva traz a trajetória de seu pai Toizinho Rodrigues, um agropecuarista, que durante anos criou ovelhas e carneiros da raça Bergamácia e Santa Inês em Independência, onde a ovinocaprinocultura destacava-se na economia regional.

Assim, nasceu neste meio em contato com a natureza e feiras agropecuárias sobre raças de ovelhas que seu pai participava. Seu Toizinho foi reconhecidamente vencedor em vários eventos no Ceará.

Na ocasião do lançamento do livro, foi comemorado o aniversário de 90 anos do seu Toizinho Rodrigues, que é uma pessoa conhecida em todo o Município como produtor agropecuarista da localidade.

Independência está distante 390 quilômetros de Fortaleza, fica próximo aos Municípios de Crateús, Tauá e Boa Viagem, na região do Sertão Central

Retomada
Segundo Francisco Ricardo Assis, presidente da ONG História Viva, a renda da venda de livros será revertida para a entidade. "Nosso esforço é o desenvolvimento cultural do Município, que ficou travado no tempo", disse ele.

Com o livro, o presidente da ONG acredita numa retomada na atividade cultural no Município.

Segundo Francisco Ricardo, a iniciativa do escritor se constitui num resgate histórico e afetivo de pessoas que são referências para a cidade, no caso seus próprios pais.

Além disso, tem um caráter filantrópico, uma vez que a renda deverá contribuir na aquisição do terreno, no sentido de ampliar o leque da ONG na promoção da cultural local.

A ONG História Viva existe desde 2007, e já fundou uma biblioteca comunitária, com mais de 2 mil livros, um clube infantil e já venceu vários prêmios culturais, inclusive um sobre a biografia de Machado de Assis, escrita em cordel.

Causas sociais
A ONG também está inscrita na Secretaria de Cultura do Estado (Secult) e funciona num espaço exíguo, a antiga estação ferroviária, daí a necessidade de expansão de área construída.

"O escritor Flávio, sempre engajado em causas sociais, irá doar todo o dinheiro arrecadado com a venda dos livros para a entidade filantrópica ONG História Viva para compra de um terreno em que será construído um espaço para teatro, escola de música, capoeira e dança que servirá para as crianças e jovens de Independência".

Colunista
As aulas de teatro, música, capoeira e dança serão gratuitas. Flávio Paiva é colunista semanal do Diário do Nordeste, com publicações todas as quintas-feiras, no Caderno 3.

Além de uma diversificada bibliografia, voltadas para públicos distintos, tem uma atenção especial para a infância.

Para crianças escreveu e compôs "Flor de Maravilha" (20 histórias e 20 músicas), "Benedito Bacurau - o Pássaro que não nasceu de um ovo" (prefácio de Rubem Alves e leitura e ilustrações musicais feitas por Antônio Nóbrega), "A Festa do Saci" (acompanha CD com 13 músicas interpretadas por Giana Viscardi, Marcelo Pretto, Suzana Salles e Orlângelo Leal), "Titico achou um anzol" (aventura com aves e animais da caatinga) e "Fortaleza - de dunas andantes à cidade banhada de sol".

MAIS INFORMAÇÕES:
ONG História Viva - Rua Cícero Justino, 140- Batalhão
Independência /CE
telefone: (88) 92479550

Projeto Residência na Vila das Artes

Térence Pique é francês e vem a Fortaleza participar do projeto com artistas locais

Uma troca de experiências entre artistas locais e um convidado, gerando discussões e processos de criação coletiva. Esta é a proposta do Projeto de Formação Residência, que a Secretaria de Cultura de Fortaleza e o Salão de Abril promovem pela 2ª vez, em 2011, na Vila das Artes.

Desta vez, o francês Térence Pique participa da residência cuja temática é "A questão do espaço e suas representações simbólicas na cidade". O projeto está marcado para acontecer entre os próximos dias 16 e 30.

Natural do Sul da França, Térence estudou História e Teoria da Arte e da Fotografia Contemporânea em Paris, antes de instalar-se em Madrid, em 2009. Grande parte de suas investigações exploram o universo urbano, considerando contradições e complexidades ambíguas. Leva em conta tanto a questão do espaço quanto sua representação, sua produção e/ou sua relação com o social.

A cada edição do projeto, serão três residências com duração, cada uma, de 15 dias, período em que o convidado realiza uma palestra de apresentação e seleciona portfólios dos artistas locais. Ao todo, 15 participantes pensam numa proposta, junto ao residente, dentro da temática em questão.

Ao final do processo, um cearense será escolhido para fazer exposição no país de origem de Térence, a França. O objetivo é ampliar as barreiras territoriais e estreitar as relações dos artistas locais com o mundo.

Os projetos serão registrados e farão parte de um livro, que será lançado no fim do ano, incluindo todos os participantes e textos de colaboradores e pensadores da área.

MAIS INFORMAÇÕES:
Projeto de formação Residência, com o artista Térence Pique. De 16 a 30 de setembro, na Vila das Artes (Rua 24 de Maio, 1221, Centro). Apresentação do artista e leitura dos portfólios dos artistas interessados, no dia 16, às 14h30. Resultado dos selecionados, no mesmo dia, por e-mail. Contato: 3105.1358

Museu do Ceará-Projeto de restauração é solicitado pela Secult


O coordenador do Patrimônio Histórico da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), Otávio Menezes, informou que o órgão solicitou um projeto de restauração do Museu do Ceará ao Departamento de Arquitetura e Engenharia do Ceará (DAE). Ontem, o Diário do Nordeste mostrou que o prédio do museu está com vários problemas estruturais, como infiltrações e janelas e portas quebradas. "As providências com relação à restauração já estão sendo tomadas, mas ainda não temos um prazo de quando ela deverá ocorrer", afirmou Menezes.

De acordo com a Secult, por ser tombado como Monumento Nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico do Ceará (Iphan),o edifício não pode sofrer nenhuma intervenção sem que antes o projeto passe por análise e aprovação do órgão, que, segundo Menezes, enviou profissionais para fazer uma vistoria técnica a fim de investigar onde estão os problemas.

O Instituto se comprometeu a tentar angariar recursos federais para que seja feita a restauração. "Embora no prédio funcione o Museu do Ceará, que é do Governo do Estado, a responsabilidade também é do Iphan, que foi quem tombou o prédio", explica o coordenador.

Reforma
O arquiteto do DAE responsável por elaborar a proposta de restauração do museu, Robledo Valente Duarte, adiantou que incluirá projetos complementares de instalações elétricas e sanitárias. Segundo ele, o maior problema detectado foram as infiltrações no forro e nas paredes.

Os banheiros e a copa também vão passar por reforma. Já a parte de visitação não será modificada. "A ideia é um projeto de manutenção e conservação do museu, principalmente na parte elétrica e lógica", afirma Duarte. Para a coberta, o arquiteto sugere a troca das telhas. Ele diz que o ideal é que haja uma uniformidade.

Inscrições abertas para IX Edital Ceará de Cinema e Vídeo 2011


A Secretaria da Cultura do Ceará (Secult) está com as inscrições abertas até o próximo dia 23 de setembro para o  IX Edital Ceará de Cinema e Vídeo 2011.

Nesta edição, o edital destinará R$ 2,4 milhões, do Fundo Estadual de Cultura (FEC), para o segmento de audiovisual e mais  R$ 600 mil exclusivos para a formação de cineastas, totalizando um valor de R$ 3 milhões para o setor.

Os interessados terão até 23 de setembro para enviar seus projetos nas modalidades de desenvolvimento de roteiro, longa e curta metragem, projeto de TV, novas mídias, além de criação e manutenção de cineclubes. Serão aceitas as inscrições de projetos com data de recebimento no protocolo da Secult ou via Sedex.

Fonte: Diário do Nordeste