terça-feira, 6 de setembro de 2011

Um olho no cravo e outro na fechadura


O meu fascínio pela literatura fantástica tem origem, sem dúvida, na tradição oral que corria o Sertão numa época em que eu era menino e que a luz da Light se apagava às 22h em quase todas as pequenas cidades do interior do Nordeste brasileiro.

Aparelhos de televisão eram uma raridade, poucas famílias mais abastadas podiam acompanhar o que se passava no resto do Brasil. A nós, filhos de pobres,só nos restavam algumas brincadeiras que não necessitavam da claridade, mas o que verdadeiramente nos encantava era sentar na calçada, alpendre ou mesmo no meio da rua e abrir uma roda de contação de histórias.

Geralmente um adulto, não raro os mais velhos da vizinhança, iniciava logo uma narrativa de assombração, era a senha para que todos se calassem, apertassem a mão do irmão mais velho e grelassem os olhos na tentativa de enxergar a boca de onde saía os mesmos e velhos causos de cavalos correndo em roçados na madrugada, luzes em oiticicas de beira de rio, carnes sendo cortadas em mercados fechados, aparições e perseguições em ruas e veredas de nossa cidadezinha.

Minha mãe vivia brigando com meu pai por conta dos mil mal-assombros que incutia em nossas cabecinhas noite adentro. Iam deixar trauma nos meninos, dizia. Mas eles deixaram em nós foi um gosto pelo mistério que levamos pela vida afora. Já adulto, e em contato com a cultura letrada, era mais do que natural que gostasse de literatura fantástica.

Mas desenvolver esse gosto pelo gênero não foi tão fácil, porque raros eram os autores da dita “literatura séria” que o cultuavam. Há uma ou outra história perdida de alguns escritores românticos, pouquíssimas dos ditos realista-naturalistas e menos ainda dos modernistas. Mas com o tempo fui descobrindo narrativas fantásticas até no mais empertigado realista. Uma espécie de gênero minoritário, mas cultuado por quase todos os escritores.



Fui criando gosto de marcar os contos fantásticos encontrados em livros e coletâneas. Daí a vontade de juntá-los, de classificá-los, de estudá-los. Faltava-me um cabedal teórico, que aos poucos fui descobrindo e lendo mais como curioso e menos como estudioso sério. Das classificações sisudas de Todorov (que no centro de sua teoria apontava como definição única a hesitação entre o racional e o irracional, abrindo leque à direita para o estranho explicado e à esquerda para o maravilhoso, principalmente este, que nos levaria ao Realismo Mágico latino-americano) aos mais modernos dos estudiosos, fui percebendo que, assim como a literatura fantástica foi mudando com o passar do tempo, a tentativa de classificá-la, conceituá-la, também foi no rastro, se perdendo nas infinitas veredas deixadas pelo que os escritores iam produzindo.

Um dia, assistindo uma palestra na universidade, um professor discorria sobre as características marcadamente realistas de nossa literatura nordestina, devido ao clima quente da região, às eternas lutas do homem com a terra, os desafios da sobrevivência etc. e tal. Diante de tal quadro, prometi a mim mesmo que juntaria um número significativamente de textos fantásticos para contrapor a essa verdade tão aparentemente óbvia do seguro professor. Quase todos os livros que li depois desse episódio foram lidos com um olho no cravo do Diabo e o outro na fechadura do fantástico.

Para se conhecer a literatura fantástica em nosso país há que se ler autor por autor, catando contos e romances (e, tremei Todorov, até poesias) que se enquadrem no gênero, dialoguem e tangenciem com ele. Tarefa difícil, mas que poderia ser facilitada por coletâneas e antologias, que agregassem tais raras pérolas nos mais longínquos rincões desse nosso imenso país. Mas são raras, por que não dizer: raríssimas, as coletâneas, panoramas, antologias específicas do gênero que trazem textos de autores brasileiros.

Há alguns anos o escritor e compositor Bráulio Tavares, um dos raros estudiosos do gênero fantásticos que eu tenho conhecimento, veio a Fortaleza lançar sua ótima Página de sombras (digo ótima porque, diferentemente das coletâneas anteriores publicadas no Brasil, traz autores diferentes dos mesmos e já mais que sambados exemplos usados por outros antologistas, ao lado de nomes nunca antes apresentados em antologias e coletâneas, como Carlos Emílo Correa Lima, Berilo Neves, Heloísa Seixas e André Carneiro). Durante palestra no lançamento, Bráulio fez menção de dívida a duas outras coletâneas. Uma delas é Maravilhas do conto fantástico (Cultrix, 1958), organizada por Fernando Correia da Silva e com introdução e seleção de José Paulo Paes — que mais tarde também organiza e traduz Os buracos da máscara (São Paulo: Brasiliense, 1985), que inclui dois contos brasileiros, de Murilo Rubião e José J. Veiga. A outra é O conto fantástico (Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1959) com seleção, prefacio e notas de Jerônimo Teixeira, trazendo 26 histórias brasileiras dentro do gênero aqui abordado (na breve apresentação, Bráulio supõe ser esta reunião de Monteiro a primeira do Brasil na temática fantástica).

Não pensem que essa limitação bibliográfica se refere apenas ao gênero fantástico. Não, são pobres também as antologias, coletâneas e panoramas referentes a qualquer gênero no Brasil. Qualquer coleção de contos e poemas que entopem as livrarias neste início do século 21 traz lacunas e uma falta de abrangência inacreditáveis. Organizadores sem nenhum conhecimento do que se passa nos vários Estados brasileiros organizam irresponsavelmente os “Melhores Contos”, os “Melhores Poemas” sem critério algum, deixando de fora verdadeiros mestres de nossa literatura, que são penalizados simplesmente por residirem e publicarem em centros distantes da grande mídia (e das grandes editoras) ou mais distantes ainda do universo limitado de conhecimento dos tais organizadores; mestres do porte de um Moreira Campos, Gilvan Lemos, O. G. Rego de Carvalho, Hélio Pólvora, José Chagas, H. Dobal, Francisco Carvalho, Juarez Barroso, José Alcides Pinto, Jamil Sneje e uma enormidade de grandes outros escritores ficam de fora das referidas coletâneas, enquanto outros autores de obras e qualidade infinitamente inferiores estão lá.

PANORAMAS E ANTOLOGIAS LOCAIS

Para suprir e tentar evitar que isso aconteça (injustiças e omissões de grandes autores), pensamos em organizar um panorama do conto fantástico no meu Estado do Ceará, de literatura tão vasta e rica, porém quase desconhecida em seus pormenores pelo restante de brasileiros de outras plagas. Dos contos passamos para os capítulos de romances e até poemas, chegando a um inacreditável total de 207 peças: 130 histórias, 60 poemas (ou excertos) e 17 capítulos (ou fragmentos) de romances. Em tal empreitada contei com as valiosas colaborações de Sânzio de Azevedo (maior conhecedor da literatura cearense) e Alves de Aquino (poeta de valor da nova geração que desponta em nossas letras brasileiras).

Tenho corrido estados a lançar o livrão de quase 800 páginas que foi financiado pela Secretaria de Cultura do Ceará, em seu valioso programa de editais de literatura: Julho corremos as principais cidades do Estado, depois fomos para o Agosto das Letras de João Pessoa/PB, em setembro vamos lançá-lo na Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. Até o final do ano tentar correr (ou ao menos caminhar) Brasil afora.

Com esta ideia procurar sensibilizar outros apaixonados, estudiosos ou simples curiosos como eu, a organizarem cada vez mais obras coletivas em seus estados. Assim, quem sabe daqui a algum tempo, os limitados organizadores de antologias nacionais não tenham a desculpa do desconhecimento dos grandes autores de cada pedaço deste país quase continental.

ASSOMBRAÇÕES NO PENAMBUCO ANTIGO
Tenho em lugar especial de minha estante as três primeiras edições do extraordinário Assombrações do Recife Antigo, do mestre Gilberto Freyre, lembrança de quando morei em Recife no final da década de 1980 do século 20 e percorria quase diariamente os maravilhosos corredores da livraria Livro 7 e saía já de noitinha pelas ruas escuras do Recife Velho, embriagado pelos poemas de Augusto dos Anjos e assombrado pelos causos (no subtítulo Freyre os chama de “Algumas notas históricas e outras tantas folclóricas em torno do sobrenatural no passado recifense”) bem catalogados e melhor contados pelo mestre de Apipucos.

Quando Freyre, no seu “Prefácio à 2.ª edição”, diz que “este livro não pretende ser contribuição senão muito modesta para o estudo de um aspecto meio esquecido do passado recifense: aquele em que esse passado se vê tocado pelo sobrenatural. Pelo sobrenatural mais folclórico que erudito, sem exclusão, entretanto, do erudito.” ou ainda quando afirma que “Quando muito, acrescenta uma ou outra novidade, miúda, mas mesmo assim de algum interesse, à literatura ou ao folclore do sobrenatural do Brasil.” Ele Parece querer desafiar futuros estudiosos de outras áreas das artes, do teatro e das artes plásticas e da literatura de Pernambuco (e do cordel, e da música, e da...) a procurarem a presença de aspecto tão importante do imaginário de um povo que é o sobrenatural. Que teimoso e destemido estudioso fará o levantamento de poemas, contos e romances (e músicas, e gravuras, e cordéis, e...) nessa que é uma das mais ricas literaturas do Brasil, a Pernambucana?

Pedro Salgueiro é escritor e organizador de O cravo roxo do diabo - O conto fantástico no Ceará

Fonte: Suplemento Pernambuco

sábado, 3 de setembro de 2011

Poesia entre luz e sombra

No livro, o poeta revela contrastes temáticos entre o passado e o presente, o sombrio e o alegre (MAURI MELO)
O escritor cearense Luciano Maia lança o livro de poesias inéditas Claroscuro, abordando a passagem do tempo e a preocupação com o planeta
 
Em troca de correspondências com o jornalista e poeta baiano Ildásio Tavares, falecido no ano passado, o poeta Luciano Maia descobriu algo no seu estilo poético, que até então não tinha percebido. Suas principais poesias revelavam contrastes temáticos entre a distância e o encontro, o passado e o presente, o sombrio e o alegre. “São opostos bem próximos ao neobarroco. Era algo que estava ali na minha poesia, mas que ainda não tinha racionalizado”, confessa. A constatação das dicotomias conduziu ao título do último livro de Luciano Maia.

Claroscuro é uma referência direta ao “chiaroscuro”, técnica inovadora da pintura do renascentista Leonardo da Vinci, que foi aperfeiçoada pelos pintores barrocos, com o propósito de definir o contraste entre luz e sombra na representação de um objeto. Nas 68 poesias que compõem o livro, há um desdobramento de tudo aquilo que Luciano Maia já colocava em prática em obras anteriores. “Trato a poesia com lirismo, com temas que também demonstram preocupação com o planeta”, afirma Luciano. 

No prefácio, uma carta do professor Raúl Lavalle, da Universidade Católica da Argentina, dimensiona a predileção de Maia por poesias que abordam a passagem do tempo, o mar real ou figurado, a cultura latino-americana. “Sou amigo de Lavalle, desde 98. Ele leu os originais e pediu que escrevesse a apresentação do livro em forma epistolar”, contextualiza Maia. 

Uma das características da poesia de Luciano é a musicalidade. Seu livro Jaguaribe – Memória das Águas (1982) foi relançado no ano passado e musicado por Rodger Rogério. “A poesia tem ritmo interno, assim como a música tem seu ritmo interior que exteriorizado em som”, pontua. Maia confirma que é adepto do decassílabo e que sua poesia tem uma preocupação formal. “Posso me considerar um fanático pelo soneto. Meu verso é medido e sem firulas”. 

Além de poeta, ensaísta e tradutor, Luciano Maia é professor do curso de Direito da Universidade de Fortaleza (Unifor). É titular da cadeira 23 da Academia Cearense de Letras e membro da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo. Seus principais livros são Seara (1986), Nau Capitânia (1987), Os Quatro Naipes (1989), Vitral com Pássaros (2002), Pátria dos Cataventos (2007) e Mar e Vento (2009). 

Camila Vieira
camilavieira@opovo.com.br

Sardinha se destaca na mesa


Caponga atrai visitantes e veranistas, com a realização de mais uma nova edição do Festival da Sardinha

Fortaleza. Uma iniciativa que objetiva, sobretudo, alavancar o turismo na baixa estação, tendo em vista o destino para o período da alta. Essa é uma das metas que está sendo alcançada nas edições do Festival da Sardinha, que acontece na Caponga, em Cascavel.

Dos dias 9 a 11, acontece a quarta edição, que este ano terá envolvimento das mulheres e filhos e dos próprios pescadores, além de todo o trade local. O evento contará com uma intensa programação cultural, gastronômica, turística e ambiental, com atividades tanto acontecendo durante o dia, quanto à noite.

O presidente da Associação dos Empreendedores de Turismo, Artesanato e Cultura (Assetuc), Mamede Rebouças, disse que a ideia tem ganhado corpo ao longo do tempo. "Hoje, realizamos uma atividade que destaca a região como destino turístico, e ressaltamos a sardinha como elemento importante da culinária, quando no passado esse pescado era utilizado apenas como isca para peixes maiores", disse Mamede.

Como uma grande festa, em que todos colaboram para realçar o brilho, garçons e operadores de hoteis e pousadas são treinados nos receptivos, mulheres recebem cursos de receitas com o pescado e os filhos participam de oficinas de desenhos, que acabam ornamentando as velas das embarcações dos pais pescadores. Com isso, conforme salienta Mamede, as atividades são complementadas com cursos e oficinas de capacitação na área de gastronomia, artesanato e qualidade no atendimento ao público.

A 4ª edição do Festival da Sardinha terá no seu planejamento de produção um trabalho especial destinado à preservação e educação ambiental. Oficinas de material reciclável, blitz ecológica, campanha de limpeza na praia com cortejo multicultural e todo um sistema de coleta seletiva do lixo gerado pelo festival.

Mamede lembra que no início foi visto com desdém, porque se tinha imagem equivocada que "sardinha era comida de pobre". Com o desafio de desmistificar esse conceito, os festivais foram pródigos em apresentar novas receitas, como moquecas, tortas, lasanhas, ao molho de maracujá, acarajés, dentre outras iguarias.

A diretora executiva do Festival da Sardinha, Katiuce Rodrigues, explicou que a sardinha é uma grande aliada da saúde por conter a substância ômega 3. Além da sua riqueza nutritiva, é também um pescado saboroso. A sua pesca, realizada principalmente nos meses de junho, julho e agosto, nas embarcações denominadas paquetes, representa um momento de grande movimentação social dentro da cidade.

No período de pesca, durante a noite, comerciantes, veranistas, visitantes e a população em geral, se reúnem no calçadão da beira mar da Caponga para comprar o peixe.

"A proposta do festival é justamente integrar toda essa bagagem cultural, gastronômica e social da sardinha como forma de divulgar e valorizar o pescado que foi de isca a prato principal, após a realização do primeiro festival", afirma Katiuce. Hoje o Festival da Sardinha é um projeto com grande repercussão no Litoral Leste e de fundamental importância para o desenvolvimento turístico da região. Em sua 4º edição, o projeto que envolve gastronomia, arte e música reafirma seu objetivo de contribuir para o engrandecimento da sardinha, pescado típico da região, agregando valor ao produto final, além da preservação e valorização dos costumes e tradições da comunidade local.

Atrativos
Cascavel é conhecida por ter a maior e mais popular feira livre do Ceará, marca registrada do Município, que atrai comerciantes e turistas de todo o Estado para conhecer e adquirir produtos da sua rica e diversificada expressão cultural, principalmente no uso do barro e do cipó.

Localizado a 60km de Fortaleza, o Município, além da feira, possui um litoral com praias de rara beleza, no encontro do rio com o mar em Águas Belas, nas vilas de pescadores, onde as expressões culturais que são mantidas há séculos como a pesca artesanal com jangadas, reisados, artesanato em renda, barro e cipó, regatas de paquete e jangadas, danças do coco, capoeira, bandas de fanfarra, quadrilhas juninas e a culinária com suas peixadas e pratos com frutos do mar.

Litoral Leste
"Forte apelo cultural integrado ao valor gastronômico da sardinha. Além disso, a proposta de preservação do meio ambiente e o resgate das tradições dos seus habitantes, fazem com que o evento se configure no cenário ideal para a realização do 4º Festival, promovendo a cultura, gastronomia, turismo e meio Ambiente no litoral leste", avalia Katiuce.

Entre as atividades que antecederam o Festival, destacou-se o Concurso de Desenho, que visou a contribuir para o processo de mudanças de atitude nas crianças e jovens. Foi destinado a alunos das escolas municipais da Caponga e teve como tema "A Sustentabilidade Econômica do Turismo para a Comunidade da Caponga".

Crescimento
26 embarcações atuam hoje na pesca da sardinha na Praia da Caponga, em Cascaval, quando antes havia apenas três barcos. O crescimento ocorreu nos últimos sete anos

MAIS INFORMAÇÕES
Associação dos Empreendimentos Turisticos de Cascavel (Assetuc) - Telefone: 9995-0925
Assetuc@hotmail.com


MARCUS PEIXOTO 
Repórter

Sobral é o destaque do Vale do Acaraú


A cidade, considerada de médio porte, possui uma população estimada em 200 mil habitantes

Em 245 anos de criação, Sobral é, realmente, o maior destaque do Vale do Acaraú,pelo rico patrimônio cultural, histórico, desportivo e religioso. As belas igrejas e os inúmeros casarões preservam o estilo dos séculos vividos, associados aos museus com diferentes temas como a teoria da relatividade e as artes sacras e contemporâneas. A cidade, considerada de médio porte, possui uma população estimada em 200 mil habitantes, em sua maioria residente na área urbana, e é detentora de uma riqueza turística nas áreas religiosa, de eventos, científica, esportiva e cultural.

O município está encravado num espaço de 2.123 Km2 do vale e vive um clima de 22 a 33 graus centígrados e detém quase uma dezena de reservatórios d’água que são os responsáveis pelo abastecimento da população. Em seu território localiza-se o Parque Ecológico da Lagoa da Fazenda e Floresta Nacional de Sobral.

Na sede, cinco agências bancárias dão suporteà sua vocação econômica que varia entre a agricultura, criação de animais e suas culturas derivadas, fabrico de laticínios, conservas, sucos de frutas e hortaliças. É considerada uma das cidades que lideram um percentual forte nas áreas de saúde, educação e infraestrutura, tanto que a taxa de alfabetização de seus moradores se aproxima dos 76 pontos percentuais e a de escolaridade média chega os 60 %, com a do fundamental atingindo os 99 por cento.

A Universidade do Vale do Acaraú tem sua reitoria lá instalada, oferecendo vários cursos no âmbito superior. Cinco hospitais dão suporte à saúde dos sobralenses e das cidades circunvizinhas e as pesquisas demonstram que seus quase 40 mil domicílios possuem os devidos serviços públicos.

Contudo, o forte mesmo de seus moradores responde pelo quesito cultural. O patrimônio histórico é composto pelo Centro Histórico, e o Teatro São João e dois cinemas. O centro de convenções e três museus são os equipamentos culturais e muitas são os festejos popularescomemorados na cidade, dentre os quais, a realização anual da Exposição Agropecuária e do dia do município.
É, portanto, uma grande diversidade de atrativos. Suas belezas começam pelo Arco do Triunfo, majestosamente localizado na entrada principal da urbe, e passam pelos casarios e antigos sobrados, igrejas seculares e o famoso conjunto do Teatro São João que são o testemunho de uma boa parcela histórica do Ceará. Outra bela paisagem que oferece é a margem do rio Acaraú que propicia uma praia virtual que, junta por obras desenvolvimentistas realizadas por continuadas administrações, tornam-na um cartão postal e um marco da beleza municipal.

Há que se destacar o lado “curioso” da Princesa do Norte que se localiza exatamente no centro nervoso do seu comércio que é o famoso “Beco do Cotovelo”, local onde se pode tomar conhecimento de tudo o que acontece nos meios sociais e políticos da cidade, em poucos minutos. É um ponto por demais agradável.

Para o visitante, Sobral oferece bons hotéis, pousadas, clubes sociais, restaurantes e bares, um estádio e uma diversidade de “points” de diversão que têm de um tudo para o lazer sadio e gostoso para ser desfrutado, também, em praças e logradouros públicos bem equipados e devidamente arborizados para minorar o calor que predomina durante o dia. Um completo setor de comunicação faz parte do receptivo.

Sobral é privilegiada por sua localização geográfica. Dista 230 Km. de Fortaleza, 120 do litoral de Camocim, 70 da Chapada da Ibiapaba e sua área de proteção ambiental, 16 da serra da Meruoca e 170 de Jericoacoara. Para seu acesso, a BR – 222 é a principal via terrestre.

 Por Hélio Rocha Lima

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A Vatá é coisa nossa

Para o desenvolvimento das novas montagens, Valéria Pinheiro brincou com todas as referências conquistadas ao longo dos últimos 10 anos (FOTO DIVULGAÇÃO)

Coletivo de cenas e sons comandado por Valéria Pinheiro completa 10 anos de atuação nos nossos palcos. A festa tem programação ampla e conta com a estreia de quatro novas montagens

Valéria Pinheiro nasceu em Juazeiro do Norte, correndo atrás de reisados, e carrega o sertão no DNA. Aos cinco anos, foi com a família para Manaus e de lá passeou pelo mundo. Morou no Rio de Janeiro e Nova York, viajou pela Europa, África e Ásia. Formou-se engenheira civil e com o diploma na mão foi ser artista no Rio de Janeiro. Em 2000, ancorou em Fortaleza e no ano seguinte transformou a Cia. Vatá, que iniciara ainda no Rio, numa companhia de brincantes genuinamente cearense, como ela define. Neste ano, o grupo completa uma década contada a partir de sua gênese em terra natal e Valéria comemora bodas de prata como coreógrafa. Para celebrar, depois de três anos de gestação, quatro espetáculos inéditos serão montados entre setembro e outubro.

Mo ky bu ‘sta? (Como você está?) é o mais experimental de todos, resultado de uma temporada na África que instigou o grupo a pensar sobre instabilidade. São Bento Pequeno reúne os dançarinos-brincantes da companhia e o núcleo de capoeira do Teatro das Marias, a sede da Cia Vatá que virou Ponto de Cultura do Governo Federal. Cartas do Asilo parte da biografia de Camille Claudel, a famosa amante de Rodin internada num manicômio mesmo sã. E, por fim, Anos Loucos, uma experiência diferente para o grupo: um musical sobre os anos 1920. As comemorações incluem ainda um documentário longa-metragem que “edita poeticamente” todos os registros audiovisuais de Valéria e da Cia. Vatá nos últimos 20 anos e um CD com músicas das trilhas sonoras da companhia, sempre originais.

As andanças de Valéria foram fundamentais para o que ela mais gosta de fazer: pesquisar. Encontrar novas leituras e conexões entre a cultura popular cearense, o resto do mundo e a contemporaneidade e mostrar o resultado no palco, usando o corpo, a música e a cenografia. “Sempre fomos uma companhia de pesquisa das manifestações tradicionais achando pontes para o contemporâneo. Depois desse tempo fora, quando cheguei, entendi que as tradições caririenses, os reisados, as bandas cabaçais, me conectavam com o mundo. Consigo achar conexões com o que vejo no Japão, na Índia, na África”, diz Valéria.

A primeira montagem, Brasil de Todos os Ritmos, foi resultado de um mergulho na poesia de Patativa do Assaré e Anselmo Vieira, o cordelista que falava de êxodo e seca com bom humor. No palco, Valéria fundiu o xaxado e o baião ao sapateado clássico. Já de saída, a Cia. Vatá mostrou a que veio. Valéria aprendeu os primeiros passos de sapateado com o xaxado marcado do pai e dominou a técnica com as aulas de tap dance nos Estados Unidos. Os primeiros espetáculos da Cia. Vatá tinham até o sapato de sola metálica. “O sapateado ainda é um elemento forte, mas hoje não assume mais o sapato que amplifica sons. Ele inquieta em outros lugares, no corpo, na música”, explica Valéria.

Depois da estreia, a companhia trabalhou em cima da trilogia Bagaceira: A Dança dos Mestres, A dança dos Orixás e A dança dos Ancestrais. Com os três, viajou pelo Brasil e pelo mundo, ganhou prêmios e se consolidou como um grupo fundamental para o cenário da dança cearense. “Valéria criou um teatro, um projeto e trabalha com o que é da gente, com o regional, mas recria isso numa linguagem original. Veja o sapateado que ela trouxe, é uma coisa bem ‘disseram que voltei americanizada’, mas ela torna isso tão nosso! É uma motivação para que outros trabalhos sejam construídos”, elogia David Linhares, organizador da Bienal de Dança Internacional do Ceará, que vê em Valéria uma “mãe parideira de outras companhias”.

Quem

ENTENDA A NOTÍCIA

Depois de anos fora do Ceará, fortalecendo uma bagagem expressiva na dança, sobretudo com o sapateado, Valéria Pinheiro voltou ao ninho há 10 anos. Aqui, fundou a Cia. Vatá, se reinventou como artista e criou uma nova cena

SERVIÇO

MO KY BU ‘STA
Quando: estreia neste sábado, às 20 horas, no Sesc Iracema (Rua Boris, 90c - Praia de Iracema). Fica em cartaz nos dias 4, 10 e 11 de setembro, no mesmo horário e local. Ingressos: R$10 (inteira) e R$ 5 (meia)
Outras info.: 3525 2215.

SÃO BENTO PEQUENO
Quando: estreia neste domingo, no Teatro das Marias (Rua Senador Almino, 233 - Praia de Iracema). Fica em cartaz todos os domingos de setembro, às 20 horas. Ingressos: R$10 (inteira) e R$ 5 (meia)
Outras info.: 3219 4939.

CARTAS DO ASILO e ANOS LOUCOS
Quando: estreia programada para outubro.

Mariana Toniatti
marianatoniatti@opovo.com.br

Fonte: O Povo

Secult Mostra encerra ciclo de Encontros Regionais

O Secult Mostra: I Encontro Regional de Cultura com Gestores Municipais e Sociedade Civil concluiu o ciclo de debates nas 14 macrorregiões. O encerramento aconteceu no município de Icó, abrangendo todo o Vale do Salgado, nesta quinta_feira (01), no Teatro Ribeira dos Icós, com diálogos à gestores e atores da cultura.

Visualizando a realização de uma rede que irá interligar todos os sistemas culturais do país em uma única plataforma cultural, o Sistema Nacional de Cultura, a Secult tem divulgado a importância desse movimento, que parte da consolidação do CPF da cultura ( Conselho, Plano e Fundo de Cultura) dos municípios, como estrutura básica, para que se estabeleça o repasse de recursos do governo federal.

Dentro da perspectiva de desenvolvimento do campo da cultura, a secretaria adjunta Maninha Moraes, pontua que, “esse é um tema de constante diálogos, que permeia a intersetorialidade das políticas públicas, sendo este, um momento de reflexão – de estabelecermos a cultura como prioridade e de termos a consciência da importância de trabalharmos e caminharmos na direção do desenvolvimento socioeconomico do Estado, por meio da instrumentalização da cultura”. A Secretaria conclui que: “esse caminho a percorrer, faz parte do entendimento dos gestores das três esferas do governo federal, estadual e municipal – incluindo a realização do CPF da cultura(Conselho, Plano e Fundo da Cultura), por parte dos municípios, que passa a ser a identificação e a ponte para que estejam interligados ao SNC - nivelando seus sistemas culturais, de acordo com que as diretrizes do MINC”.

A Secretaria da Cultura de Icó, Jequélia Maria Alcântara, afirma que a administração municipal tem um forte compromisso com a cultura, e que a partir dessa compreensão, o município busca o fortalecimento cultural no diálogo proposto pela Secretaria da Cultura do Estado do Ceará , ”porque sozinhos os municípios não conseguem articular a cultura - é preciso que se estabeleça essa parceria”. Espera a Secretária, que o governo federal e do estado venham dar apoio as ações integradas que estejam a altura do nosso patrimônio cultural.

Concluído o ciclo de diálogos nas 14 macrorregiões do Estado, a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará(Secult) disponibiliza no site da Secretaria as informações sobre as Conferencias Municipais de Cultura para que, à partir desse momento, os municípios se apropriem da temática do desenvolvimento de seus sistemas culturais, que seguiram ao encontro do Sistema Nacional de Cultura.

Sobre o Secult Mostra:

O Secult Mostra: I Encontro Regional de Cultura com Gestores Municipais e Sociedade Civil, objetiva apresentar à sociedade e gestores culturais, as ações da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult), abrindo assim, um espaço de diálogos e discussão para a construção das políticas públicas culturais, de forma compartilhada, visualizando a adequação dos sistemas municipais para a implantação do Sistema Nacional de Cultura, alinhada com as diretrizes do Ministério da Cultura.

Saiba mais sobre o SNC:

Sistema Nacional de Cultura é um Instrumento de articulação, gestão, informação, formação, fomento e promoção das políticas públicas de cultura com participação e controle da sociedade civil, envolvendo três poderes públicos. Sendo o principal articulador federativo do Plano Nacional de Cultura (PNC) que estabelece mecanismos de gestão compartilhada entre entes federados da sociedade civil. (fonte MINC)

Pontos de Cultura presente:
Ponto de Cultura Fundação Social Raimundo Fagner.
Ponto de Cultura Associação do Desenvolvimento Cultural de Felizardo – ADECOF
Ponto de Cultura Associação de Apoio ao Protagonismo Juvenil – APJ
Ponto de Cultura Centro Social de Orós
Ponto de Cultura Maria Bonita
Ponto de Cultura Criativa Musical

Fonte: Secult-Ce

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Juazeiro do Norte sedia encontro sobre cidades históricas e turismo religioso

Entre os dias 1º e 3 de setembro, ocorrerão em Juazeiro do Norte o IV Encontro das Cidades Históricas e Turísticas e IV Encontro do Grupo de Trabalho do Turismo Religioso. Os encontros têm a chancela do Ministério do Turismo (MTur) e o apoio da Secretaria do Turismo do Ceará (Setur). Este ano, o evento será realizado simultaneamente com o GT de Turismo Religioso numa deferência especial a Juazeiro, por conta dos 100 anos de emancipação política e o fato de se constituir em um dos principais polos de romarias do Brasil. Vários temas serão debatidos. Um deles é a criação da Associação das Cidades Históricas e Turísticas. Porém, a programação completa do GT ainda está sendo definida. A associação se trata de uma entidade jurídica destinada à defesa dos interesses das cidades históricas e turísticas que conta com todo o apoio do Iphan.

O Encontro Nacional das Cidades Históricas e Turísticas, composto por gestores públicos e privados de cidades históricas com vocação para o desenvolvimento do turismo, tem o objetivo principal de debater temas de interesse comum, elaborar propostas e socializar experiências para o desenvolvimento do turismo nas cidades históricas, possibilitando a discussão de estratégias conjuntas de enfrentamento das dificuldades do setor. Com isso, se espera avançar nas políticas públicas que visem o desenvolvimento econômico das cidades históricas por meio da atividade turística, construindo estratégias de ações conjuntas entre turismo e cultura e assim desenvolver o Turismo Cultural no País.

Já o Grupo de Trabalho de Turismo Religioso vem aprofundando as discussões sobre o Turismo Religioso desde fevereiro de 2010, por considerar um segmento com grande oportunidade de diversificação da oferta turística brasileira. Desde então, ocorreram três encontros do Grupo em municípios diferentes: Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP e Brasília/DF. Participaram desses encontros representantes de diversas regiões do Brasil que também debateram temas de interesse comum e socializaram experiências para o desenvolvimento do turismo nos destinos com vocação para o Turismo Religioso, discutindo estratégias conjuntas de enfrentamento às dificuldades do setor para a qualificação dos serviços turísticos por elas prestadas.

Dentre as ações pensadas pelo MTur para o evento está o estímulo à atividade turística no município, visando e atuando no ordenamento, estruturação e a qualificação do segmento de Turismo de Cultural, com vistas a atender ao Programa de Estruturação dos Segmentos Turísticos. Segundo a Prefeitura do Município, a intenção é inserir Juazeiro cada vez mais no âmbito do turismo interno. Além disso, haverá a perspectiva de buscar visitantes internacionais por meio de pacotes das agências que trazem turistas de países do exterior para peregrinação em vários lugares do Brasil. Subsídio das informações: Secretaria Nacional de Políticas de Turismo e da Prefeitura de Juazeiro do Norte.

Assessoria de Comunicação da Setur
Carmen Ines Matos Walraven ( ascom.setur@setur.ce.gov.br | 85 3101-4669 / 3101-4661 / 3101-4654)
Twitter: @seturceara

Novos contos de Nilto Maciel

Enquanto apresenta seu mais recente trabalho, Nilto Maciel já produz um novo título com foco em Baturité, sua cidade natal (MARCUS CAMPOS)

Considerado um dos escritores mais atuantes do cenário literário da Cidade, Nilto Maciel lança novo livro hoje no Sesc Emiliano Queiroz. Luz vermelha que se azula reúne contos inéditos do autor escritos nos últimos cinco anos, além de guardados que agora vêm a público.


“O que eu tinha que escrever, eu já escrevi”, afirma Nilto Maciel, 66. O escritor cearense publicou duas dezenas de livros desde a estreia em 1974 com os contos de Itinerário. Mas, apesar da sua avaliação, Nilto não parece ter dado o serviço por acabado. Ele lança Luz vermelha que se azula, no Sesc Emiliano Queiroz, em mais uma edição do projeto Bazar das Letras. Na ocasião, o autor será entrevistado pelo também escritor Roberto Vazconcelos e deve falar sobre sua experiência na década de 1970 com o jornal literário O Saco, dos 25 anos em que morou em Brasília e de sua produção mais recente.

Há quase 10 anos de volta a Fortaleza – retorno proporcionado pela aposentadoria do funcionalismo público –, Nilto é um dos escritores mais atuantes do cenário literário da Cidade. Escreve prefácios e orelhas, opina sobre originais e diz se corresponder diariamente com ao menos 20 pessoas diferentes. Seus dias são dedicados à sua escrita e à leitura de poemas, contos e romances enviados de todo o Brasil, ansiosos por críticas, geralmente publicadas no blog que edita (niltomaciel.blog.uol.com.br).

Nos momentos em que não está agarrado aos livros ou escrevendo no computador, pode ser encontrado em algum bar do Benfica, acompanhado dos amigos escritores Pedro Salgueiro e Raymundo Netto, e, mais raramente, no Clube do Bode (Flórida Bar) ou no Ideal Clube. Mas sempre mantendo certa independência. “Não gosto de participar de grupos, porque é uma ciumeira danada”, considera. Nas duas vezes nas quais foi convidado para integrar academias literárias, uma em Brasília (Academia de Letras do Brasil), outra por aqui (Academia de Letras e Artes do Nordeste), foi incluído à revelia no quadro dos acadêmicos

O livro Luz vermelha que se azula é o seu nono volume de contos. Vencedor do Prêmio Moreira Campos, da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult), reúne textos dos últimos cinco anos, escritos após o lançamento de A Leste da Morte (2006), afora alguns outros que estavam engavetados há pelo menos duas décadas e que agora vêm a público. Dividido em três partes, a obra tem seus textos distribuídos entre contos “acolhidos”, “lembrados” e “engendrados”.

Os primeiros, como explica o próprio autor no prefácio, contos “ditados pelo inconsciente”, inspirados em imagens que emergem na mente do escritor; em seguida, textos enredados nas memória da infância e adolescência de Nilto, escritos a partir de rememorações suas; por último, uma série de pequenos contos sobre personalidades históricas, tais como Charles Darwin, Nero, Papa Leão X, Hitler – estes deveriam integrar um único volume, mas são publicados agora depois de a primeira parte dos “perfis” ter sido publicada no livro Pescoço de girafa na poeira, em 1999.

“Escrevo e leio, é só o que eu faço hoje”, conta. Além da conclusão de Luz vermelha que se azula, ele revela estar trabalhando atualmente em outro livro de contos e em mais um romance. Não bastasse, está prevista a reedição de seu Os Guerreiros de Monte-Mor, romance histórico publicado em 1988 que traz no título o antigo nome de sua cidade natal, Baturité.

SERVIÇO

LUZ VERMELHA QUE SE AZULA
O quê: Lançamento do novo livro do escritor Nilto Maciel
Preço do livro: R$ 20
Outras info.: (85) 3452 9032

Quem

ENTENDA A NOTÍCIA

Nilto Maciel é cearense de Baturité. Formado em Direito pela Universidade Federal do Ceará, criou, na década de 1970, ao lado de outros jovens escritores, a revista O Saco. É autor de vários títulos, recebendo diferentes prêmios.

BIBLIOGRAFIA

Itinerário (contos, 1974)

Tempos de Mula Preta (contos, 1981)

A Guerra da Donzela (novela, 1982)

Punhalzinho Cravado de Ódio (contos, 1986)

Estaca Zero (romance, 1987)

Os Guerreiros de Monte-Mor (romance, 1988)

O Cabra que Virou Bode (romance, 1991)

As Insolentes Patas do Cão (contos, 1991)

Os Varões de Palma (romance, 1994)

Navegador (poemas, 1996)

Babel (contos, 1997)

A Rosa Gótica (romance, 1997)

Vasto Abismo (novelas, 1998)

Pescoço de Girafa na Poeira (contos, 1999)

A Última Noite de Helena (romance, 2003)

Os Luzeiros do Mundo (romance, 2005)

Panorama do Conto Cearense (ensaio, 2005)

A Leste da Morte (contos, 2006)

Carnavalha (romance, 2007)

Contistas do Ceará: d’A Quizena ao Caos Portátil (ensaio, 2008)

Contos reunidos – volume I (2009)

Contos reunidos – volume II (2010) 

Fonte: O Povo

Instituto de Arte e Cultura do Ceará lança editais de incentivo às artes

Dominiq, espetáculo apresentado no Quinta com Dança de Março/2011. Foto: Marina Cavalcante.

A partir de 01 de setembro, quinta-feira, o Instituto de Arte e Cultura do Ceará – IACC – estará recebendo projetos a serem contemplados em editais culturais e de ocupação. A seleção conta com o suporte e o aval da Secretaria de Cultura do Ceará – Secult.

Para se inscrever, é necessário que os interessados atendam a todos os requisitos dispostos nos editais e preencham os formulários disponíveis no site do Dragão do Mar. Os documentos serão recebidos até o dia 30 de setembro na Diretoria de Ação Cultural – DIRAC, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, de segunda a sexta-feira, de 8h30 às 12h e 13h30 às 18h. 

Editais
Os editais culturais são lançados com o intuito de estimular as artes, através da música, do teatro, da dança e da literatura, em oito diferentes categorias: Teatro da Terça, Contação de Histórias, Passarela das Artes, Nas Ruas do Dragão do Mar, Domingo Musical, Sons do Ceará, Quinta com Dança, Dragão do Mar Literário.

Grupos, companhias e artistas que tiverem suas propostas aprovadas garantem participação na agenda de eventos do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e podem contar com incentivo financeiro para honrar as despesas decorrentes das apresentações, de acordo com os termos previstos no edital.

Os editais de ocupação visam abrir as portas do Teatro do Dragão do Mar para artistas de música, dança e artes cênicas que procuram espaço para divulgar seus trabalhos. Esse contrato é uma espécie de aluguel do teatro, em que será paga a taxa de uso, mas o apurado da bilheteria é destinado aos contratadores, conforme regulamentações e tributações fiscais. 

Serviço: Editais do IACC/Secult – inscrições de 01 a 30 de setembro. Download de editais e formulários aqui. Entrega de documentação: na recepção da Diretoria de Ação Cultural / DIRAC, de segunda a sexta-feira, nos horários de 8h30 às 12h e 13h30 às 18h. Mais informações: (85) 3488-8608.

Fonte: Dragão do Mar