sexta-feira, 4 de março de 2011

V Festival Banco do Nordeste das Artes Cênicas.

Il Trasporto Umano (Divulgação)
O V Festival Banco do Nordeste das Artes Cênicas apresentará ao público, no período de 13 a 27 (Dia Mundial do Teatro) deste mês, um elenco diversificado de atividades orientadas para o teatro, o circo e a dança. Com entrada franca, o Festival acontecerá nos três Centros Culturais Banco do Nordeste (Fortaleza; Cariri, em Juazeiro do Norte, no sul do Ceará; e Sousa, no alto sertão paraibano).

Nesta quinta edição, serão realizadas quatro mostras (Palco, Infantil, Rua e Dança), totalizando 32 espetáculos de companhias de seis estados nordestinos (Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia e Sergipe), além de outros três brasileiros (Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná) e um espetáculo internacional, fruto de uma parceria ítalo-pernambucana.

A programação também contemplará ações formativas, como as oficinas de formação artística voltadas para o público adulto e oficinas de iniciação para o público infantil. Igualmente importantes são as atividades relacionadas à instrução patrimonial e à apreciação de outras áreas que empreendem diálogo com as artes cênicas, a exemplo do cinema.

Cortejos de abertura e encontro sobre profissionalização

Na abertura do Festival, acontecerão cortejos nas três cidades. Em Fortaleza, no dia 13 (domingo), às 10 horas, haverá o cortejo de bonecos gigantes e uma apresentação do grupo Batuqueiros, um coletivo percussivo focado nos ritmos da cultura popular nordestina e afro-brasileira.

Em Juazeiro do Norte, no dia 16 (quarta-feira), às 17 horas, os grupos de Reisado "Discípulos do Mestre Pedro" e "Guerreiro Santa Madalena" levam a tradição popular, em um cortejo que sai da Praça Padre Cícero em direção ao Largo do Memorial Padre Cícero.

Em Sousa, o cortejo de abertura contará com quatro grupos convidados e acontecerá no dia 17 (quinta-feira), a partir das 17 horas, saindo da Praça da Matriz em direção ao Centro Cultural Banco do Nordeste.

No CCBN-Fortaleza, no próximo dia 15 (terça-feira), no período de 10h às 18h, acontecerá o Encontro sobre Profissionalização de Grupos de Teatro. O evento será um momento de informação de troca de ideias sobre os caminhos, os tributos, as leis e as diferentes formas de apoio do poder público e privado para que os grupos adquiram sustentabilidade com o seu fazer artístico-profissional. Contará com a presença de representantes dos Ministérios da Cultura e do Trabalho, Cooperativa Paulista de Teatro, Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Ceará (SATED-CE) e de importantes grupos nordestinos de teatro, a exemplo do Bagaceira (CE) e do Clowns de Shakespeare (RN).

Cordel do Amor Sem Fim (Divulgação)
Mostra Palco

Entre os destaques da Mostra Palco, estão os seguintes espetáculos e respectivos grupos: "Roliúde", com o grupo carioca EmCartaz Empreendimentos Culturais; "O Capitão e a Sereia", com o Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare, do Rio Grande do Norte; "Marotes e Mamulengos", com o grupo cearense Circo Tupiniquim; "Só Sei Que Foi Assim", com o coral cearense Seios da Face; "Engenharia Erótica - Fábrica de Travestis", com o Grupo Parque de Teatro, do Ceará; "Tropeço", com a Cia. Tato Criações Cênicas, do Paraná; "Sebastião", monólogo com o autor, encenador e ator baiano Fábio Vidal; "A Descoberta das Américas", com o Leões de Circo Pequenos Empreendimentos, do Rio de Janeiro; "Cordel do Amor Sem Fim", com O Poste Soluções Luminosas e Samuel Santos, de Pernambuco; e "O Auto da Índia", com o grupo sergipano Marionetas.

Mostras Rua, Infantil e Dança
A Rainha  do Nada (Divulgação)

Por sua vez, a Mostra Rua traz como atrações os seguintes espetáculos e grupos: "Cordel do Pega Pra Capá", com a companhia baiana Gente de Teatro e Funceb; "Circo Arlequin", com a Trupe Arlequin de Circo Teatro, da Paraíba; "Palhaço Colorau e Neorlândio", com o grupo cearense Tempero do Riso; "Por que a gente não é assim? Ou Por que a gente é assado?", com o grupo cearense Bagaceira; e "Silêncio Total - Vem Chegando o Palhaço", com o ator e diretor paraibano Luiz Carlos Vasconcelos.



 Abrilhantam a Mostra Infantil sete espetáculos e grupos, a saber: "Mamulengo, Arte do Riso", com a companhia cearense Te-Tê-Rê-Te-Tê; "Il Transporto Umano", com o Circo em Bothiglia (Itália-Brasil); "Criaturas de Papel", com os cearenses do Bricoleiros; "Canções e Brinquedos Roceiros - Uma Ópera Caipira", com o grupo paulista Tempo de Brincar; "Zero", com a companhia paulista Mevitevendo; "Alegria, Alegria! O Circo Chegou", com o grupo cearense Garajal; e "A Rainha do Nada", com a companhia cearense de Teatro Epidemia de Bonecos.

Avesso do Passo (Divulgação)
A Mostra Dança apresenta quatro grupos e espetáculos: "Avesso do Passo", Cia. de Dança da Escola Municipal de Frevo do Recife; "Diferente Olhar Infinito", com o grupo cearense N Infinito; "Folgança", com a Escola de Dança do Paracuru (CE); e "Brincando", com a Cubos Companhia de Dança, de Sergipe.






Debates, curtas, entrevista e noites de autógrafos

A programação do Festival ainda contará com debates, palestras, exibição de curtas-metragens sobre Teatro e uma entrevista aberta ao público com o ator Luiz Carlos Vasconcelos, dentro do programa Nomes do Nordeste. Também acontecerão Noites de Autógrafos com lançamentos literários sobre Artes Cênicas patrocinados pelo Programa Banco do Nordeste de Cultura. Serão lançados os livros "O ator risível - procedimentos para as cenas cômicas", do professor-doutor Fernando Lira, e "Criador & Criatura", do ator, diretor, professor e pesquisador teatral Hemetério Segundo.




ENTREVISTAS E INFORMAÇÕES ADICIONAIS:

*         Viviane Queiroz
(curadora e coordenadora geral do V Festival Banco do Nordeste das Artes Cênicas) - (85) 3464.3178 / 8843.3957 - viviqueiroz@bnb.gov.br

*         Tessi Letícia Barbosa (gerente do CCBN-Fortaleza) - (85) 3464.3111 / 8635.6031 - tessileticia@bnb.gov.br cpaulavm@bnb.gov.br>

*         Lenin Falcão (gerente do CCBN-Cariri) - (88) 3512.2855 / 8802.0362 - lenin@bnb.gov.br anastacio@bnb.gov.br>

*         Ricardo Pinto (gerente do CCBN-Sousa) - (83) 3522.2980 / 8802.5737 - yuca@bnb.gov.br

*         Luciano Sá (assessor de imprensa do Centro Cultural Cultural Banco do Nordeste) - (85) 3464.3196 / 8736.9232 - lucianoms@bnb.gov.br

Colaboração de: Luciano Sá (assessor de imprensa do Centro Cultural Cultural Banco do Nordeste)

Fonte: BOOM

quinta-feira, 3 de março de 2011

Novo livro de contos de Chico Anysio

Repetindo o sucesso do livro anterior, “Os Fazedores de Histórias”, editora lança o livro “O fim do mundo é ali”, com 43 contos de ficção de autoria de um grande artista

Da Redação

A Editora Prumo lança mais uma obra de ficção de Chico Anysio, aclamado como um dos maiores humoristas brasileiros. Inspiradas nas cenas do cotidiano do povo brasileiro e nos seus mais variados estereótipos, as 43 histórias do livro O fim do mundo é ali têm como ponto comum o humor e a malícia característicos do artista e refletem a sua verve e sua compreensão pelos sentimentos populares. “O seu talento se estendeu para a literatura ao agradar público e crítica com o trato singular que dá à narrativa”, afirma o publisher Paulo Rocco, no prefácio do livro.

No novo título, o autor prende o leitor com o ritmo que dá à sua prosa e com seu humor de qualidade indiscutível. Num mesmo conto, Chico Anysio é crítico, narra com ironia, e se mostra quase sempre sagaz quando encontra um gran finale surpreendente para as suas histórias, característica já marcada de sua escrita. No conto ”Prazer e Lazer”, ele começa indagando: “E se Paris não existisse? O que seria feito da safadeza? Não que a capital francesa seja uma grande devassa, ninguém disse isto; mas que Paris é cheia de novidade, apareça um para negar”. O autor narra a experiência de Pedro Emílio num bordel de Paris, e diverte o leitor com a maneira de pontuar os clichês típicos da situação, e com as ”armadilhas” em que coloca os personagens.

No conto ”Menor abandonado”, Chico Anysio abusa de sua inventividade e malícia, mas conserva certa dose da inocência própria dos personagens. A história narra as investidas de Flávia para conseguir adotar um filho, já que o médico lhe dissera ser impossível engravidar. Sem alegria e no desespero, ela segue o conselho da amiga do trabalho nos Correios, que lhe dá a sugestão salvadora: “Tem tanto menor abandonado na rua. Pega um, leve para casa e faz uma experiência. Se der certo com ele, ainda mais dará com um que você adote oficialmente”. O trecho apenas anuncia o que Chico Anysio preparou para o desfecho arrebatador da história.

Um dos aspectos mais marcantes do estilo do autor está na caracterização dos personagens, habilidade já exibida com genialidade na televisão, no teatro, no rádio e nas artes plásticas. "A Prumo sente-se honrada em ter no seu catálogo um escritor desse nível, consagrado pelo seu excepcional talento, tanto profissional quanto pessoal, capaz de entender a alma do próximo, da coletividade, e reproduzi-la em diferentes formas de mídia, criando uma relação fácil, sutil com quem esteja do outro lado”, afirma Paulo Rocco.



Sobre o autor



Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho nasceu em 12 de abril de 1931, em Maranguape, no Ceará. Aos oito anos de idade, Chico Anysio se mudou com a família para o Rio de Janeiro, onde teve uma infância tranquila, dividida entre as aulas e o futebol, sua grande paixão. Mais tarde, conseguiu um emprego na Rádio Guanabara, exercendo funções diversas desde radioator até comentarista de futebol. Trabalhou em várias rádios na década de 1950, sempre atuando e também escrevendo roteiros. Sua estreia na tevê foi em 1957, na TV Rio, com o programa Noite de Gala. Em 1959, estreou Só Tem Tantã, mais tarde rebatizado como Chico Total. Chico Anysio é um artista múltiplo, criador de personagens clássicos no rádio, na televisão e no cinema; autor de romances, livros de contos e piadas; compositor de canções e comentarista esportivo dos mais sagazes. (com assessoria)

Fonte: Diário de Cuiabá

Assaré em festa por seu poeta maior

Patativa do Assaré  FOTO: DIVULGAÇÃO
Cego de um olho ainda na infância, Antônio Gonçalves da Silva transformou sua realidade em versos
Crato Com uma programação que envolve exposições, Fórum de Cultura e Turismo, mesas redondas, lançamentos de livros e cordéis, shows musicais e apresentações de violeiros, estão sendo comemorados os 102 anos de nascimento do poeta Antônio Gonçalves da Silva, conhecido como Patativa do Assaré, que nasceu no dia 5 de março de 1909, na Serra de Santana, Município de Assaré, e morreu no dia 8 de julho de 2002.

Para sábado, data do seu aniversário, estão programados alvorada festiva com a Banda de Música Manoel de Benta, Encontro de Poetas e Sanfoneiros Populares, Sarau "Cante Lá, Que Eu Canto Cá"; Volta Ciclística da Poesia Popular; programa de rádio especial sobre a data, missa e desfile de carnaval.

Familiares do poeta cearense FOTO: ANTÔNIO VICELMO
Sete anos depois de sua morte, a imagem do matuto pobre de voz arrastada, manco de uma perna, ainda está presente nas ruas de Assaré. Cada um dos conterrâneos tem uma história para contar sobre o poeta que projetou o nome de sua terra natal para este Brasil afora e até no exterior. Outros fazem questão de recitar um verso inédito do poeta. Dona Zenilda, a mais conhecida fabricante de linguiça da cidade, lembra um Patativa boêmio, que varava as madrugadas improvisando versos e bebendo cachaça.

Na Serra de Santana, onde ele nasceu e viveu a maior parte de sua vida, seu nome é lembrado como "Senhorzinho", o homem trabalhador, pai de família exemplar, que criou a família no cabo da enxada. A filha Inês, que escreveu a maioria dos seus poemas, tem uma verdadeira veneração pelo pai que deixou para a família o maior patrimônio que um herdeiro pode receber: a honestidade, a coerência, a humildade e a altivez. "Mesmo com estas qualidades, meu pai não baixava a cabeça diante dos poderosos", desabafa Inês.

Para o reitor da Universidade Regional do Cariri (urca), Plácido Cidade Nuvens, que tirou Patativa do anonimato, com a publicação do livro "Cante Lá que Eu Canto Cá", ele, além de ter sido a maior expressão da cultura popular, foi também um poeta clássico, erudito que está na galeria dos maiores poetas do Brasil.

Mesmo depois de morto, Patativa continua fascinando os intelectuais. O escritor e pesquisador Gilmar de Carvalho, um dos mais autênticos divulgadores da cultura popular, lançou uma antologia onde consagra a riqueza criativa do poeta popular brasileiro, que rompeu as fronteiras nacionais e chegou à prestigiosa Universidade de Sorbonne, na França.

Gilmar, que teve o privilégio de conviver com Patativa e gozar de sua confiança e intimidade, descreve o amigo como uma "máquina de fazer poemas. Cego de um olho ainda na infância, a pena de Patativa não foi destinada à escrita, como a de outros grandes poetas, e sim para o voo livre de quem tem a musicalidade na voz primordial da contação. Patativa tinha acessos de produção poética em que ele tremia todos os músculos da face, como se fosse uma máquina produzindo poemas, as veias do pescoço latejando".

A descrição do intelectual cearense é perfeita. Gilmar fala de cátedra, ou melhor, de cadeira, para usar uma linguagem sertaneja. Ele relembra as longas conversas, sentados nas cadeiras de couro, conhecidas como "cadeira do Bodocó", tomando água de jarra, em copos de alumínio, esmerilados com as cinzas do fogão a lenha da casa de taipa de Patativa, ou na calçada de cimento, de onde se avista a Serra do Quincuncá, fonte de inspiração do poeta.

"O que a gente conhece é um pouco do Patativa. Ele era uma fonte, não parava de fazer poesia, de improvisar, de brincar", relembra Gilmar.

LITERATURA

Médico relembra fatos cotidianos

Crato. O oftalmologista cearense, radicado em Campinas (SP) desde 1966, João Alberto Holanda de Freitas, escreveu o livro "O Patativa que eu conheci", onde relata sua convivência com o poeta popular cearense. Em 1988, Patativa permaneceu três meses na cidade, hospedado na casa de Holanda, para transplante de córnea e operação de catarata.

A convivência por três meses com a família do médico e dos amigos, os versos, as cantorias, as idas e vindas, os repentes e a sabedoria de um dos maiores poetas populares do País estão agora documentados nas 144 páginas do livro. A obra traz um DVD encartado, com registros dos saraus "noite à dentro" durante a permanência de Patativa na cidade, e impressões do médico sobre o poeta conterrâneo.

Natural de Aquiraz, o médico matava a saudade do Ceará, revivendo com o poeta o sertão sofrido, estorricado pela seca, maltratado pelos políticos, dominados pelos coronéis, mas, ao mesmo tempo, valente na luta contra as adversidades. Ao seu lado, Patativa era o retrato em preto e branco da realidade nua e crua do interior do Ceará, onde o médico viveu sua infância.

Sem Patativa perceber, o médico ia registrando toda a genialidade do poeta, auxiliado por um microgravador enfiado no bolso. Com certeza, o gravador não conseguiu documentar a dor de Patativa tão bem expressa nestes versos: "Gravador que estás gravando/ Aqui, no nosso ambiente/ Tu gravas a minha voz/ O meu verso, o meu repente/ Mas, gravador, tu não gravas/ A dor que o meu peito sente!/ Tu gravas em tua fita/ Com a maior perfeição/ O timbre da minha voz/A minha fraca expressão!/ Mas não gravas a dor grave/ Gravada em meu coração!/ Gravador, tu és feliz!/ E - ai de mim! - o que será?/ Bem pode ter desgravado/ O que em tua fita está/ E a dor do meu coração/ Jamais se desgravará!".

"Patativa tinha hábitos alimentares muito simples, comia pouco, frugalmente. No almoço, se servia basicamente de arroz e ovo cozido. Comia de colher. Concluída a refeição, não dispensava o café expresso, ia direto fumar um cigarrinho no jardim. Não gostava de TV, que não podia enxergar mesmo, mas ouvia o rádio o dia inteiro, sempre ligado em música ou nas notícias", escreve o autor.

Outro fato é que Patativa nunca permitiu a publicação dos versos que fez durante a Ditadura Militar de 1964, que quase o leva à prisão.

ANTÔNIO VICELMO
REPÓRTER

Fonte: Diário do Nordeste 

quarta-feira, 2 de março de 2011

Grandes Museus do Mundo em 3D (Parte 2)


Oi, galera! Semana passada eu publiquei a primeira parte do projeto Google Art Project, no post Grandes Museus do Mundo em 3D (Parte 1). Como o artigo pressupõe uma segunda parte, vamos conhecer outros grandes museus e fazer passeios virtuais em seus acervos.

Sugiro que você dê uma conferida em outros passeios virtuais disponiblizados aqui no blog

- Rijksmuseum: Holanda. Localizado em Amsterdã, é dedicado às artes e história. Ele tem uma larga coleção de pinturas da idade de ouro neerlandesa e uma substancial coleção de arte asiática. O museu foi fundado em 1800 na cidade da Haia para exibir a coleção do primeiro-ministro. Foi inspirado no exemplo francês. Pelos neerlandeses ficou conhecida como Galeria de Arte.

- Reina Sofia: Espanha. Localizado em Madri, é um dos mais importantes museus de arte moderna espanhóis. Coloquialmente denominado por Centro de Arte Moderna Reina Sofia, foi inaugurado oficialmente a 10 de Setembro de 1992 e, o seu nome presta homenagem à Rainha Sofia, rainha consorte de Espanha.

- State Tretyakov: Rússia. Localizado em Moscou, é uma galeria de arte que expõe as mais belas pinturas russas. Sua história começa em 1856, quando o mercador Pavel Mikhailovich Tretyakov adquiriu obras de artistas russos contemporâneos, com o objetivo de criar uma grande coleção. Em 1892, Tretyakov apresentou suas obras.

- State Hermitage: Rússia. Localizado em São Petersburgo, é um museu de arte e cultura. É um dos maiores e mais velhos museus do mundo, fundado em 1764, por Catarina a Grande, e aberto ao público em 1852. As coleções - a maior parte não-permanente - abrange cerca de 3 milhões de peças, incluindo o maior acervo de pinturas do mundo.


- Smithsonian Freer: Estados Unidos. A galeria de arte contém acervos renomados da cultura asiática provenientes da China, Japão, Coreia do Sul, Sudeste Asiático e Oriente Próximo. Pinturas, cerâmicas, manuscritos e esculturas estão entre os favoritos do museu. Além da arte asiática, o museu também contém arte norte-americana do séc. XIX e XX.

- Tate Modern: Inglaterra. Localizado em Londres, é um museu britânico de arte moderna. Desde sua abertura, em 12 de maio de 2000, o museu promove importantes mostras temporárias de arte moderna e contemporânea, e tornou-se a terceira maior atração londrina. Na coleção figuram algumas importantes obras de Pablo Picasso, Matisse, Braque, Natalya Goncharova, de Chirico, Francis Bacon, Alexander Calder, Chagall, entre muitos outros artistas do século XX.

- Thyssen-Bornemisza: Espanha. Localizado em Madri, no Palácio de Villahermosa. Foi organizada quando da aquisição, pelo governo espanhol, em julho de 1993, da maior parte (e mais valiosa) da coleção de arte da família Thyssen-Bornemisza. Mostra as coleções de forma cronológica, começando no Renascimento e terminando no século XX.

- Uffizi Galleria: Itália. Localizado em Florença, abriga um dos mais famosos museus do mundo. É dividida em salas ou ambientes, cerca de cinqüenta, nomeadas geralmente pelo artista mais importante exposto. Há salas dedicadas aos maiores artistas do Renascimento, como Leonardo da Vinci e Rafael, salas com arte clássica da Roma antiga, uma grande coleção de quadros de Botticelli.

- Van Gogh Museum: Holanda. Localizado em Amsterdã, é um museu que dispõe de trabalhos do pintor neerlandês Vincent Van Gogh e seus contemporâneos. Como não podia deixar de ser , o Museu Van Gogh possui a maior coleção de pinturas de Van Gogh no mundo.

Grandes Museus do Mundo em 3D (Parte 1)


O Google (ele mesmo!) resolveu se envolver em mais uma empreitada gigantesca: abrir as portas dos mais famosos museus do mundo para visitas virtuais. Para quem ainda não conhece o Google Art Project, vou disponibilizar os links aqui no História Digital.

Buenas, antes de seguir adiante, dê uma conferida em outros passeios virtuais disponiblizados aqui no blog

Além do passeio virtual, você ainda tem a possibilidade de analisar as obras, como se estivesse vendo de perto (e sem as cotoveladas dos turistas ao lado). Algumas estão disponibilizadas em gigapixels, ou seja, imagens de alta resolução que permitem perceber detalhes que seriam impossíveis a olho nu. É ou não é demais!!!

- Alte Nationalgalerie:  Alemanha. É um museu de arte localizado na Ilha dos Museus, em Berlim. Possui uma rica coleção de pinturas e esculturas europeias do século XIX. A Alte Nationalgalerie foi criada em 1861 como Wagenersche und Nationalgalerie, a partir da doação de um acervo de 262 obras de arte pertencentes ao banqueiro Joachim H. W. Wagener.

- Frick Collection:  Estados Unidos. Localizado em Manhattan, Nova Iorque, é um museu de arte. Fica na antiga casa  do magnata do aço Henry Clay Frick, construída em 1913 e 1914. Frick é um dos mais importantes museus de arte dos Estados Unidos. Entre as obras mais importantes estão O Progresso do Amor, de Jean-Honoré Fragonard; três pinturas de Johannes Vermeer e São João, o Evangelista, de Piero della Francesca.

- Galeria Nacional: Inglaterra. Localizada na praça Trafalgar, no centro de Londres. Fundada em 1824, é um dos mais importantes museus da Europa e um dos mais conhecidos do mundo. Abriga uma preciosa coleção de mais de 2.300 pinturas, que datam desde a metade do século XIII até o início do século XX.

- Gemäldegalerie: Alemanha. É um museu de arte localizado na Kulturforum Potsdamer Platz em Berlim, sendo um dos mais importantes do mundo por sua excelente coleção de arte europeia dos séculos XIII ao XVIII. Além de expor seu acervo, a Gemäldegalerie organiza exposições temporárias especiais como ilustração de pesquisas sobre aspectos diversos de obras e artistas de sua coleção.


- Kampa: República Checa. É um museu de arte moderna localizado em Praga. Contém, em seu acervo, obras de artistas da Europa Central. As peças são de uma coleção particular de Meda Mladek, esposa de Jan V. Mladek. O museu abriu as portas em 2003. Há uma grande escultura de uma cadeira no lado de fora do museu, visível de muito longe.

- Metropolitan Museum: Estados Unidos. Localizado em Nova Iorque, foi fundado em 20 de fevereiro de 1820, e é hoje um dos maiores e mais importantes museus do mundo. Abriga uma importante coleção de pinturas europeias dos séculos XII ao XX e obras da arte antiga (grega, romana, egípcia e assírio-babilônica) e oriental. São muito importantes as seções dedicadas a instrumentos musicais, armas e indumentária.

- Museu de Arte Moderna: Estados Unidos. Mais conhecido como MoMA, é um museu da cidade de Nova Iorque, fundado no ano de 1929 como uma instituição educacional. Atualmente é um dos mais famosos e importantes museus de arte moderna do Mundo. A rica e variada colecção do MoMa constitui uma das maiores vistas panorâmicas sobre a arte moderna.

- Palácio de Versalhes: França. Está localizado na cidade de Versalhes, uma aldeia rural à época de sua construção, mas atualmente um subúrbio de Paris. Desde 1682, quando Luís XIV se mudou de Paris, até a família Real ser forçada a voltar à capital em 1789, a Corte de Versalhes foi o centro do poder do Antigo Regime na França.

Gero Camilo - O pequeno grande

Prestes a estrear espetáculo em São Paulo, sobre um período da vida do pintor holandês Vincent van Gogh, o ator e dramaturgo Gero Camilo conversou por telefone com o Caderno 3 a respeito do novo trabalho e a carreira multifacetada

Experienciar a arte em toda a sua amplitude,sem rótulos ou com-partimentações. É essa a orientação que guia a carreira do ator, dramaturgo, cantor e escritor cearense Gero Camilo, 40 anos, mais conhecido por seus papéis na TV e no cinema brasileiros.

Do currículo do artista, fazem parte, por exemplo, participações nos filmes "Cidade de Deus", "Narradores de Javé", "Bicho de sete cabeças", "Abril despedaçado", "Madame Satã" e "Carandiru", além de produções televisivas como "Amor em quatro atos", "Som e fúria" e "Hoje é dia de Maria".

Menos familiar ao grande público é o trabalho de Camilo nos palcos - como ator, diretor e escritor. Nesse caso, a mais recente amostra de sua competência é o espetáculo "A Casa Amarela", sobre o pintor holandês Vincent van Gogh e o período em que este viveu na cidade de Arles (França).

O monólogo, escrito e encenado por Gero, sob direção de Márcia Abujamra, estreia dia 8 de abril em São Paulo, no teatro Eva Herz (Livraria Cultura). Natural de Fortaleza, Camilo ainda não tem data prevista para trazer "A casa amarela" a Fortaleza.

Impacto

O primeiro contato do artista com a história de van Gogh foi por meio do livro "Cartas a Theo", devorado ainda na adolescência. A obra traz correspondências do pintor a seu irmão e confidente, Theo. "Tocou-me muito o conteúdo literário e poético das cartas. As palavras vieram mais facilmente, chegaram a mim antes da pintura dele - refiro-me aos quadros de verdade, não a reproduções. Foi por meio do livro que me aproximei do pensamento dele", ressalta Gero Camilo.

Para o ator, o período vivido por van Gogh em Arles é um dos mais férteis de sua trajetória artística, por isso a decisão de basear o monólogo nesse recorte. "É quando o pensamento dele mais me atrai, quando ele conceitua muito bem os desejos em relação à sua arte e à arte que se fazia naquele momento. É um desejo coletivo, de construir uma comunidade artística, com o sonho de fazer uma base em Arles por onde vários colegas pudesse passar e, acima de tudo, sustentar-se", esclarece Gero, referindo-se às difíceis condições sociais experimentadas pelos artistas à época.

"Para além do potencial trágico de van Gogh, estou atrás do poeta iluminado, do artista preocupado com a humanidade em vez de voltado ao próprio umbigo ou à sua doença. Essa é a força do traço, da pintura, da poética dele, e é o que mais me atrai, porque comungo com muitos desses pensamentos. Meu objetivo com ´A casa amarela´ é fazer uma ponte entre o que vivemos hoje e as experiências dele, uma espécie de elo de pensamento", exlica Camilo.

O processo de criação do texto da peça ocorreu em Amsterdã, onde Gero Camilo passou um mês. "Aluguei um apartamento e fiquei 30 dias escrevendo. Também peguei coisas que já tinha escrito. Visitei museus, fui ver obras de van Gogh, passei pela cidade onde ele nasceu, Zundert", recorda o artista.

Ramificações

Além de "A casa amarela", Camilo já tem outros projetos engatados para o segundo semestre, entre eles o espetáculo "Lá fora vai estar chovendo sempre", sobre uma família que teve a casa deslocada após uma tempestade e, desde então, fica à deriva. Apresentada pela primeira vez em 2009, a peça será dirigida pelo próprio Gero. Entre os nomes confirmados para o elenco está sua colega e xará, Camila Pitanga.

O artista também deve aparecer em breve na tela grande, em dois longa-metragens previstos para estrear neste ano: "Eu receberia as piores notícias de seus lindos lábios", de Beto Brant, e "Assalto ao Banco Central", de Marcos Paulo. Decididamente um ano agitado para o ator.

O trabalho como dramaturgo sempre esteve presente na trajetória do cearense, cuja montagem mais famosa é "Aldeotas", sobre o reencontro de dois grandes amigos em uma pequena cidade. O artista também tem trabalhos reconhecidos na música (o primeiro CD do artista, "Canções de Invento", foi lançado em 2008) e na literatura - em 2002 ele lançou o livro "A macaúba da terra", com contos e peças, a exemplo de "Café com torradas" e "Quem dará o veredicto?". A obra será reeditada neste ano pela editora Dulcina.

"A poesia sempre esteve presente, sempre me acompanhou. A partir daí se desenvolvem outros braços artísticos. O poema não é só a escrita no papel. No meu caso, faz parte do ato cênico, e aproxima a pessoa da obra", ressalta Gero.

"Não sou uma parte ou uma resenha profissional, vejo a arte mais como um todo", complementa. O ator afirma não ter dificuldades em manejar tantos projetos ao mesmo tempo. "Fica complicado por não ter patrocínio para desenvolver os trabalhos. Com dinheiro seria bem mais fácil", brinca.

Outra proposta fundamental no trabalho de Gero Camilo é resgatar o ator como elemento central da construção criativa do teatro. "Não só no sentido mecânico, de responder às orientações, mas no sentido de se sentir tão responsável intelectual e esteticamente pela criação quanto o diretor", sublinha.

"Muitos atores dessas grandes produções de teatro trabalham como operários e ficam à mercê, na dependência de um patrão. Não os critico, mas deixo claro que, dentro do meu processo de criação, o ator é fundamental no pensamento, na construção do espetáculo e não apenas na sua funcionalidade", destaca.

ADRIANA MARTINS
REPÓRTER

Mostra conta a História do Brasil na Unifor

FOTO: KIKO SILVA
Raridades chamam a atenção do visitante, como a letra original de "Garota de Ipanema", de Vinícius de Moraes
Recuperação de uma parte da História do Brasil por meio de peças originárias. Essas foram as palavras usadas pelo curador Pedro Corrêa do Lago para definir a exposição "Brasiliana Itaú" aberta, ontem, no Espaço Cultural Unifor. Com cerca de 300 itens e 12 mil peças, a mostra traz pinturas, aquarelas, desenhos, gravuras, mapas e livros que fazem parte do acervo Itaú Cultural.

São materiais criados a partir do século XVI e até livros editados no século XX. Para o curador, "Brasiliana Itaú" retrata uma parte simbólica da cultura artística, literária e histórica brasileira. "São peças significativas que dizem muito do nosso País", descreve.

Conforme a museóloga do acervo de obra de arte do Grupo Itaú, Regina Rocha, trata-se de uma mostra muito ampla dedicada ao Brasil. Algumas raridades chamam a atenção do visitante, como a letra original de "Garota de Ipanema", escrita pelo próprio punho por Vinícius de Moraes, e documentos de ex-governadores brasileiros.

Pedro Corrêa destaca a vista do Ceará desenhada por Frans Post presente no livro do historiador Caspar Barlaeus como uma das peças importantes para a história local. Além disso, cerca de 20 livros contam muito do Ceará, através dos escritores José de Alencar e Rachel de Queiroz.

Obras

São as primeiras edições de obras como "O Guarany" e "Iracema", de José de Alencar; e "O Quinze", de Rachel de Queiroz. No livro "Quatro Romances", a escritora faz uma dedicatória a João Cabral de Mello Neto. A exposição também traz a dedicatória feita por Machado de Assis para José de Alencar no livro "Phalenas".

"A exposição tem tudo a ver com o Ceará porque trata da colonização holandesa presente no Estado," lembra a reitora da Universidade de Fortaleza, Fátima Maria Fernandes Veras. Ela acrescenta que é uma maneira de ver a história de forma lúdica e serve a todas as faixas etárias. "É a história contada por meio de ilustrações, fugindo da forma enfadonha que os livros costumam utilizar".

Para a professora de Belas Artes da Unifor, Júlia Sarmento, o material exposto é importante porque revela o olhar que essas pessoas tinham do Brasil naquela época. "A mostra nos diz muito de um olhar geopolítico da época que hoje mudou muito, mas que ainda tem ligação com a gente".

Para o diretor cultural da Pinacothèque de l´État de São Paulo, Max Perlingeiro, todos os personagens importantes da história estão contemplados na mostra. O diretor destaca a parte iconográfica como uma das mais ricas.

Fortaleza é a quarta cidade a receber a exposição, organizada em 2000 por iniciativa do banqueiro e político Olavo Setúbal, proprietário do Banco Itaú. Ela deve seguir para Brasília e Curitiba e, por fim, tornar-se permanente no Itaú Cultural. "Brasiliana Itaú" fica na Capital cearense até o dia 1º de maio.

O que eles pensam
Recuperação de parte do nosso passado

A exposição recupera uma parte da História do Brasil por meio de peças originais criadas a partir do século XVI até livros editados no século XX. "Brasiliana Itaú" retrata uma parte simbólica da cultura artística, literária e histórica brasileira. São itens significativos que dizem muito do nosso País. Sobre o Ceará, considero como destaque a vista do Estado desenhada por Frans Post presente no livro do historiador Caspar Barlaeus.

Pedro Corrêa
Curador da mostra

É possível ver na exposição tudo o que aprendemos nos livros de história. São peças extraordinárias que só encontramos nos grandes museus do mundo. Trata-se de uma mostra completa porque abrange quatro séculos de História do Brasil. O fato de ter sido trazida para Fortaleza é de uma generosidade incrível porque vai propiciar o acesso às pessoas daqui. Todos os personagens importantes da história estão contemplados.

Max Perlingeiro
Diretor cultural da pinacothèque de SP


EXPOSIÇÃO


Noites de Paris nas lentes de Brassaï

"Essa é, sem dúvida, a mais importante e organizada exposição fotográfica internacional que o Ceará já viu". Assim definiu o artista plástico e diretor do Museu de Arte Contemporânea, o cearense José Guedes, por ocasião da abertura, ontem, no Espaço Cultural da Universidade de Fortaleza (Unifor) Anexo, da exposição de Brassaï (Gyula Halász, seu nome de batismo).

O trabalho do artista húngaro Brassaï reúne um acervo de 98 fotografias, em preto e branco, que retratam a vida noturna e boêmia de Paris do início do século passado. A mostra, que acontece graças à parceria entre a Unifor e a Delegação Geral das Alianças Francesas no Brasil e a Aliança Francesa em Fortaleza, fica em cartaz até o dia 1º de maio, logo após, segue para exposição em outras capitais.

Fascinada

A advogada Aline Cristina Bezerra Leite Carvalho Lima, 24, graduada na Unifor, disse ter sido atraída para o evento, pelo fato de o mesmo retratar a vida em Paris. "Mesmo se tratando de uma época passada, fiquei fascinada pela técnica fotográfica de Brassaï. Ele foi incrível em clicar a vida noturna de Paris", disse. Para o delegado geral da Aliança Francesa no Brasil e diretor geral da Aliança Francesa no Rio de Janeiro, Yann Lorvo, a história da fotografia mundial obrigatoriamente tem que passar pelo trabalho de Brassaï.

"Paris era vista como o centro das artes e o fotógrafo sentia isso. Aproveitando sua técnica apurada fotografou Paris à noite, aproveitando luzes dos faróis dos carros e dos postes, mostrou seu gosto pela cidade, clicando em todos seus locais, com ou sem personagens".

De acordo com o diretor da Aliança Francesa em Fortaleza, Alain Didier, Brassaï captou com sensibilidade e romantismo a Paris dos anos 30 e desbravou a noite e seus segredos. Sobre a exposição começar por Fortaleza, ele enfatiza a característica dinâmica da cidade. "Existem laços comuns entre Ceará e França", finalizou.