quinta-feira, 2 de junho de 2011

Seção áurea: equilíbrio harmônico

Livro traz uma visão ampla sobre o panorama histórico da seção áurea: uma proporção encontrada em estruturas da natureza, usada da Pre-história à Modernidade

O modulador, 1948. Desenho de Le Corbusier, da Fundação Le Corbusier, em Paris. A seção áurea era buscada pelos artistas
Tanto nas artes como na arquitetura, as regras de proporcionalidade (o equilíbrio harmônico) sempre foram recorrentes para assegurar ao seu criador um auxílio favorável para suas composições. A seção áurea é uma das mais conhecidas. Muito já se estudou ou se escreveu sobre ela.

Afim de proporcionar uma visão abrangente desta temática, incluindo a sua compreensão espacial, seus aspectos simbólicos e místicos, sua ocorrência em estruturas da natureza e no ordenamento de obras de arte; o professor Antônio Martins da Rocha Junior escreveu o livro "Divina proporção: aspectos filosóficos, geométricos e sagrados da seção áurea".

Publicação
O livro, que será lançado, hoje, às 19h30, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, foi contemplado com o Prêmio Literário para Autores Cearenses 2010, promovido pela Secretaria da Cultura do Estado (Secult). O Prêmio selecionou escritores, editores, quadrinhistas, pesquisadores e autores de projetos gráficos em literatura e cultura em reconhecimento à originalidade de seus trabalhos.

"O livro apresenta uma visão histórica da seção áurea, servindo como um mote para se estudar outros assuntos. O interesse, portanto, não é difundir um formalismo de modelos predeterminados, mas fornecer instrumentos para uma análise simultaneamente matemática e poética de um objeto estético ordenado segundo a seção áurea ou qualquer outra proporção", explica Rocha Junior.

O pesquisador ressalta que a seção áurea é um tipo de proporção encontrada em estruturas da natureza e amplamente utilizada, da Pré-História à Modernidade, como ordenamento de certas manifestações artísticas.

Proporção áurea
"Ela fazia parte dos conhecimentos artesanais dos artistas, arquitetos e construtores nas grandes civilizações antigas e na obra de Euclides (330-275a.C). A seção áurea, no entanto, só será compreendida como experiência universalizante, ou seja, por meio da Filosofia, Geometria, História, Biologia, Física e de outros conhecimentos. Uma vez que você abre os olhos para a seção áurea, poderá refletir se o olho só vê aquilo que lhe interessa ou se existem configurações predeterminadas para a ordem das coisas".

Rocha Junior explica que a proporção áurea era, originalmente, uma proporção geométrica e não um conceito de cálculo abstrato. Nos primórdios das civilizações, o homem parecia compreender apenas de forma intuitiva o processo de ordenamento do mundo, da realidade.

"As relações de proporcionalidade da seção áurea são estabelecidas, originalmente, entre áreas e não entre números. Se hoje temos uma compreensão mais abstrata do que concreta das relações matemáticas, decorrentes da Modernidade inaugurada com o Renascimento, procuraremos explicar a seção áurea inicialmente por meio de processos algébricos, para, posteriormente, compreender o seu sentido espacial".

Livro  
Divina proporção Antônio Martins da Rocha Junior
Expressão Gráfica, 2011, 206 Páginas
O livro será lançado, hoje, às 19h30, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura

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